O juiz João Manoel Guerra começa a colher, nesta segunda-feira, os primeiros depoimentos na investigação que apura se houve abuso de poder econômico pela coligação Todos por Sinop, do prefeito eleito Juarez Costa. Na semana que antecedeu as eleições, a Justiça Eleitoral cumpriu mandado de busca e apreensão num posto de combustíveis, onde documentos e vales de abastecimento de uma empresa ( que presta serviços de gerenciamento de combustível para órgãos públicos e inciativa privada) foram apreendidos. A ação foi movida pela coligação do candidato Paulo Fiúza.
Nesta etapa das oitivas, funcionários da empresa devem ser ouvidos. A Justiça analisa os documentos e pretende esclarecer, por meio das audiências, se o crime eleitoral foi configurado. “A princípio, serão ouvidos somente funcionários. O que se busca é saber se [abuso de poder] estava ocorrendo”, declarou o magistrado, a Só Notícias.
Na época da ação, João Guerra determinou que o posto fornecesse cópia do convênio firmado com uma empresa sediada em Cuiabá e o relatório dos vales combustíveis que foram utilizados para abastecimento de veículos a partir de 6 de julho. A quantidade apreendida não foi confirmada. O Ministério Público pediu para que a investigação apurasse quem estava pagando a conta, quem recebia combustível e a quantidade de vales distribuídos e de litros.
Por outro lado, no mesmo dia, por meio de nota, a ‘Todos por Sinop’ disse ter firmado “contrato de fornecimento de combustíveis aos automóveis que prestam serviços a campanha eleitoral, tendo, inclusive, prestando contas e apresentado nota fiscal do volume de combustíveis fornecidos pelo referido estabelecimento na sua prestação de contas parcial, dia 5 de setembro”.