Aproximadamente 200 pessoas, entre índios e representantes do Movimento Sem Terras, estiveram, hoje à tarde, no gabinete do prefeito Juarez Costa. Eles foram até o gestor municipal para coletar sua assinatura em apoio ao movimento contra a construção da Usina Hidrelétrica Sinop. No entanto, Juarez não assinou o documento.
De acordo com o prefeito, para que haja uma intervenção e preciso que outros interesses sejam discutidos com os meios que se sentem prejudicados. O índio Valdenir Mundurucu, da etnia Caiabi, não concordou com a atitude do prefeito. Ele alegou que estava ali para ter apoio do gestor e não apenas para ouvir promessas. Após a reunião com Juarez, eles saíram pelas ruas do município e foram protestar na sede do Ministério Público Estadual.
O grupo afirma que mais de cem hectares serão alagado com a instalação da usina. Com isso, pode surgir a proliferação de doenças como malária e febre amarela, além de mais de mil pessoas que serão desabrigadas. Eles ressaltam também que o lençol freático possa subir e sendo assim interferir no desenvolvimento de plantas em toda bacia do rio.
Um seminário, que teve início no dia 10 deste mês, foi realizado contra a instalação da usina. O grupo é formado por pessoas que acreditam que podem ser atingidas com a construção da hidrelétrica e promovido pela Secretaria Regional Pantanal dos Andes.
Conforme Só Notícias informou, o Ministério Público Estadual ingressou com uma ação pedindo a suspensão das audiências, que estão marcadas para a próxima semana (do dia 16 a 20), em Ipiranga do Norte, Sorriso, Sinop, Cláudia e Itaúba para tratarem do licenciamento ambiental da usina hidrelétrica.
Ainda não há previsão de quando a obra começar. A hidrelétrica é projetada para ampliar o fornecimento de energia na região Norte de Mato Grosso e demais regiões.