Sinop sedia, em 2 de dezembro, o Seminário Interestadual de Fertilizantes, Armazenamento e Logística, na câmara, e dois governadores eleitos devem debater o assunto com lideranças do agronegócio e empresariais. O presidente do Sindicato Rural, (entidade à frente do evento) Antônio Galvan, destacou ao Só Notícias, que Pedro Taques (PDT) e o governador reeleito do Amazonas José Melo (PROS) confirmaram que estarão nos debates. É aguardada a resposta do governador eleito do Amapá, Waldez Góes (PDT).
Galvan explicou que um dos principais focos é a discussão da exploração de jazidas de fertilizantes do Amazonas, das quais Mato Grosso precisa. “As discussões vão acontecer em torno deste assunto para que exista a garantia por parte de Mato Grosso. Inclusive, os donos destas jazidas vão participar, para que se chegue ao entendimento”, destacou, ao reforçar principalmente o fosfato. Uma rota rodoviária de Sinop a Apuí pode entrar em pauta.
O presidente detalhou ainda que a entrada do Amapá na discussão se dá mais na área de transporte. “Mais na área de logística, de transporte. Ainda estamos esperando a confirmação de participação do governador eleito. Hoje, muitos carregamentos estão sendo despachados no Porto de Santana”.
Armazenamento
A agilização das instituições financeiras para liberação de créditos destinados à armazenagem também vai ser discutida. Galvan explicou que Mato Grosso conta hoje com capacidade para pelo menos 30 milhões de toneladas, cerca de 60% do que vem sendo colhido nas safras. “É insuficiente, há déficit. A Organização das Nações Unidas recomenda que a capacidade de armazenagem esteja 20% superior à quantidade que é colhida”.
Rodovias- Galvan ainda apontou que a situação das rodovias no Estado também vão ser apresentadas, a partir de relatórios concluídos com estradeiros feitos por entidades como a Associação dos Produtores de Soja e Milho e Mato Grosso. Uma delas é a BR-163, que do Nortão ao Pará, vem sendo asfaltada nos últimos 3 anos. As obras foram divididas em 'lotes' com a empreiteiras e o Exército fazendo a pavimentação. Os cronogramas de conclusão feitos pelo DNIT não se cumpriram. O último é que o asfaltamento fique pronto em 2015.
A rodovia é apontada, pelo setor produtivo, como vital para fortalecer o agronegócio nas regiões Norte e Médio Norte de Mato Grosso porque, via porto de Santarém, soja, milho, algodão, carne, madeira e demais produtos serão escoados com redução aproximada de 30% no frete.