O governador Silval Barbosa (PMDB) reinaugurou, agora há pouco, o Hospital Regional de Sinop, cerca de 30 dias após a intervenção e dezenas de previsões do governo federal, governo estadual e da prefeitura do hospital entrar em funcionamento não terem sido efetivadas. Foram entregues dez leitos de UTI adulta, cinco de estabilização, novo centro cirúrgico com três salas, raio-x digital, urgência e enfermaria pediátrica e arco cirúrgico (ortopedia), que começam funcionar imediatamente. Mais de 200 funcionários entre técnicos, enfermeiros e médicos foram contratados.
Silval se disse impressionado com as ações feitas em poucos dias após a intervenção e destacou que, a partir do próximo governo, deve ser estudada uma nova forma de administração da unidade, que antes era gerida por uma Organização Social de Saúde (OSS), período em que destacou terem sido aplicados R$ 44 milhões. "Determinei auditoria do Estado, que auditasse todos os procedimentos. O relatório ficou pronto, mandei revisar agora. E constatado o que foi constatado no relatório preliminar, quero fazer justiça aos recursos públicos […] vou remeter ao Ministério Público e quero providências na hora que chegar", afirmou, ao apontar que alguns procedimentos não foram cumpridos, evitando entrar em detalhes.
O secretário estadual de Saúde, Jorge Lafetá, afirmou ao Só Notícias, que a intervenção deve continuar pelos próximos meses. "Até que seja concluído o processo administrativo. Isso tem uma previsão por lei de 360 dias", explicou, ao ser complementado pelo interventor Manoelito da Silva Rodrigues. "Vamos, agora, trabalhar na reforma da parte mais antiga da unidade", destacou.
O prefeito Juarez Costa (PMDB) destacou as discussões junto ao Estado para que ocorresse a intervenção e apontou que deve se reunir com governador eleito Pedro Taques (PDT) para dialogar a retomada da administração da unidade pela prefeitura. "Agora, vamos começar outra briga. Vamos nos reunir com o novo governador e discutir novos meios", disse.
Na campanha de 2008, Juarez prometeu que se eleito abriria o hospital no ano seguinte. Mas sua promessa não foi cumprida. Nos anos seguintes, ele trabalhou para conseguir recursos no governo federal para equipar o hospital. O governo federal fez ao menos 3 previsões para entregar todos os equipamentos -blocos cirurgicos, leitos UTI, dentre outros – que não foram cumpridas. Há 2 anos, a prefeitura convenceu o Estado a assumir o comando do hospital regional para 'desafogar o caixa' da prefeitura considerando que pacientes de várias cidades da região vão a Sinop em busca de atendimento. O governo adotou política de implantar OSS – Organização Social de Saúde- e uma foi escolhida para colocar o hospital para funcionar. A previsão da OSS para a unidade funcionar com capacidade total também não se confirmou. Há alguns meses, o prefeito acusou a entidade de retardar medidas para colocar mais de 20 leitos de UTI para funcionar, fez duras criticas que chegaram a atingir o conselho curador, cobrou intervenção do governo estadual que nomeou interventor no hospital e vários procedimentos 'andaram mais rápido'. Foram encaminhados os grupos geradores para dar suporte aos atendimentos nas Unidades de Tratamento Intensivo e tomadas outras medidas para que comecem a atender.
O prédio do hospital, com mais de 70 leitos, foi inaugurado em 2008 pelo ex-prefeito Nilson Leitão, que hoje é deputado federal.
Também participaram da solenidade desta noite, o presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, o senador eleito Wellington Fagundes (PR), o deputado federal Roberto Dorner (PSD), deputados estaduais Dilmar Dal'Bosco (DEM), Baiano Filho, Pedro Satélite (PSD), o secretário de Saúde, Jorge Lafeta, dentre outros.
(Atualizada às 22:32hs)