O deputado Dilmar Dal”Bosco (DEM) afirmou que a Prefeitura Municipal de Sinop agiu de forma arbitrária ao tratar da estadualização das escolas municipais Menino Jesus, Umuarama, Bom Jardim e Thiago Aranda. Segundo Dilmar, o corpo docente dessas unidades educacionais não foi consultado sobre a mudança e só foi notificado quanto ao remanejamento do mesmo no dia 18 de janeiro, período de férias letivas.
“Recebi inúmeros telefonemas de professoras desesperadas com a notícia da estadualização, preocupadas com a forma de como será feito o remanejamento e com o medo do subaproveitamento”, destacou o parlamentar. Dilmar afirmou que, somente na segunda-feira (30), um dia antes de anunciar publicamente a estadualização das escolas, o secretário municipal de educação de Sinop, Tadeu Azevedo, solicitou que os cerca 97 profissionais que trabalham nessas instituições (60 professores efetivos, 20 técnicos e 17 apoio) retirassem seus pertencem das unidades e aguardassem “em casa” pelo remanejamento.
“Fui à casa de uma professora e pude constatar nove anos de serviços pedagógicos amontoados em um canto da sala. Esta cena é perturbadora” descreveu Dal”Bosco, afirmando que esses profissionais não se manifestaram publicamente por medo de represália. “Eles temem a remoção para escolas distantes e também temem ser reenquadrados em unidades problemáticas. O concurso público garante estabilidade, mas não exime de perseguição política”, disse.
QUEDA NA QUALIDADE DE ENSINO –
A transferência de obrigação para o Estado, na avaliação do deputado estadual Dilmar Dal”Bosco, não amenizará os problemas da educação infantil de Sinop. Dilmar lembra que o Ensino Fundamental, que na administração anterior foi premiada nacionalmente, enfrentou no ano passado um longo período de greve. “As aulas foram interrompidas durante 43 dias no ano passado. Essa foi a única forma que os professores da rede municipal encontraram para serem ouvidos e conseguirem o tão sonhado Plano de Cargo, Carreira e Salários”, lembrou Dilmar. Ele afirmou que a folga orçamentária usada pela secretário de educação para justificar a transferência de quatro escolas para o Estado não terá grande impacto no orçamento municipal.
Quanto a equiparação entre o número de escolas municipais (35) e o de escolas estaduais (18), o parlamentar afirma que seu papel na Assembleia Legislativa é brigar pela presença “maior” do Governo nos municípios, e tentar aumentar o número de instituições estaduais em Sinop, e que isso não significa que a prefeitura precise abrir mão de suas obrigações. “Não podemos subverter a lógica. Temos que aumentar o número de instituições estaduais, até porque a quantidade de alunos é crescente. Isso não significa que a prefeitura abra mão dos profissionais e da boa qualidade de ensino que oferece”, concluiu.