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Sinop: CPI termina cobrando governos para hospital funcionar

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A Comissão Parlamentar de Inquérito apresentou, ontem à noite, relatório apontando que o hospital municipal não tem condições de ser aberto “com responsabilidades exclusivas do Poder Executivo de Sinop”. Precisa ser feita parceria com o Estado e a União para que o hospital possa funcionar. A obra foi concluída em 2008 e, até agora, o hospital continua fechado. A relatora Zuleica Mendes (PMDB) expôs que, “como não serão atendidos apenas os sinopenses, mas moradores de toda região, é necessária essa parceria. É necessária a liberação dos recursos para equipar o hospital e ser feito um convênio para mantê-lo, apenas esse custo será de R$ 2 milhões por mês, além de tranformá-lo em regional para que possa atender algumas especialidades entre elas o traumatismo e ortopedia, devido ao grande número de acidentados na região”, aponta. Há possibilidade que o hospital, em vez de municipal se torne regional. Essa foi a proposta do secretário Estadual de Saúde, Pedro Henry, ao ministro Alexandre Padilha.

“Estamos esperançosos que a abertura do hospital ocorra ainda nesse primeiro semestre. Essa foi a fala do secretário estadual e nós realmente esperamos que aconteça porque não só o Poder Público, mas toda a sociedade vem sofrendo com a demora em abrir o hospital desde 2008”. disse. Segundo a relatora, os itens que estão pendentes, como a reforma em alguns setores, “são coisas que podem ser feitas em semanas”.

O vereador Fernando Assunção (PSDB), um dos que pediu a criação da CPI, também fez um documento que entregará aos membros da comissão, hoje à tarde, e discorda com alguns pontos apresentados. “Um deles é que após a visita da Vigilância Sanitária ficou claro que o o hospital pode ser aberto de maneira modular. Pois o responsável pela vigilância disse que se deve traçar uma matriz de prioridades e abrir de forma modular o hospital, como alguns leitos, setores e terceirizar a limpeza e a alimentação”. Outro ponto é mostrar sugestões objetivas para a Administração para ter mais recursos, “porque esperar os que estão vindo de Brasília não está certo. Já faz dois anos que estamos esperando esse dinheiro e nada”, criticou.

Outra cobrança do vereador é saber o que a prefeitura está fazendo de maneira objetiva para solucionar a sua parte de investimento já que deverá entrar com uma contrapartida. “Eu entendo que precisa fazer corte de funcionários comissionados e isso é para ontem. Esse é um dos apontamentos no meu documento de estudo. Também é necessário tomar providências na elaboração de um concurso público para a contratação dos funcionários, pois terão que vir pessoas do país inteiro. Isso já está pronto?”, questionou

Os apontamentos de Assunção foram críticas em relação a morosidade na abertura do hospital. “Ficou evidente que essa demorada de dois anos e três meses, é falta de vontade política por parte do chefe do Executivo, que está alinhado com o governo do Estado e com o Federal. “O grande resultado da CPI foi pressionar o prefeito para a sua abertura”, avaliou.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada no dia 3 de novembro de 2010 para investigar os motivos que impedem a abertura do Hospital Municipal. Só Notícias apurou que o relatório tem mais de 30 páginas, será encaminhado para a promotoria, à sexta vara civil, ao prefeito Juarez Costa (PMDB), ao governador Silval Barbosa, ao presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, ao secretário de Saúde, Pedro Henry, e ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha.

O governador Silval, o secretário Pedro Henry, o prefeito Juarez Costa e parlamentares estiveram com ministro, há poucas semanas, pleiteando R$ 6 milhões para equipar o hospital, que tem 71 leitos. A promessa é que a unidade seja equipada até o fim do semestre.

(Atualizada às 09:58h)

 

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