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Sinop: comissão vai ver casas e deve concluir relatório na 2ª

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Prestes a concluir o relatório que apontará se houve ou não irregularidades na construção de 45 casa no Jardim do Ouro, a comissão da câmara municipal, formada por cinco vereadores, fará, amanhã, visita ao bairro para ouvir os moradores e ver a situação das residências que teriam sido construídas com material de qualidade duvidosa. De acordo com o coordenador da comissão, Sérgio Palmasola, o relatório poderá ser entregue ao presidente da câmara, Mauro Garcia, na sessão de segunda-feira. Ele não antecipou detalhes do que foi detectado até agora.

A comissão foi formada em fevereiro e, desde então, os vereadores estão tentando recolher as informações necessárias para averiguar a denúncia, que foi protocolada no Ministério Público. Conforme Só Notícias já informou, as casas foram construídas por meio do Programa de Subsídio à Habitação do Ministério das Cidades, e o investimento foi de R$ 13.524,00 por unidade habitacional num total de R$ 1.149 milhão sendo R$ 595 mil do Governo Federal, R$ 340 mil do Governo do Estado e R$ 214,5 mil do município.

No documento protocolado no Ministério Público Federal, é questionada a qualidade dos materiais usados na obra e no acabamento. “A dosagem da massa é inferior ao recomendável, a madeira usada não é a ideal para a construção das casas, pois é muito frágil, o beiral que foi construído é menor do que está na planta, nenhum acabamento foi realizado, e os acessórios do banheiro não foram instalados, como a tampa do vaso sanitário, sendo que esses  itens constam na planilha de custo. O padrão de energia não está instalado e quem quisesse adquirir teria que pagar R$ 50 e quem recebeu a chave da casa teve que assinar uma promissória para obter o padrão”, consta na denúncia.
Também foi mencionado na denúncia que não apareceram fiscais de órgãos públicos nem engenheiros para acompanhar a execução da obra. “Quando os moradores se dirigem a secretaria de Ação Social, Trabalho e Habitação para obter informações são posteriormente procurados pelo referido presidente do bairro, o qual os repreende” supostamente afirmando que “não podem reclamar de nada”. O bairro fica às margens da BR 163, a 2 km do batalhão da PM.

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