A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pediu adiamento do prazo para entregar o relatório final sobre os remédios que venceram no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde. O presidente da comissão, Carlos Leite, o “Carlão”, explicou ao Só Notícias ,que “alguns documentos estavam ilegíveis, então pedimos prazo de 30 dias, mas devemos entregar no máximo em 20 dias”. O relatório estava previsto para ser entregue semana passada, uma vez que a fase de depoimentos foi encerrada no final de novembro. O documento será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e Estadual para as providências.
Conforme Só Notícias já informou, o ex-secretário Mauri Rodrigues de Lima, deixou a pasta há cerca de dois anos foi o último a prestar depoimento e se isentou de responsabilidade. Mauri afirmou que os medicamentos foram adquiridos com base nas séries históricas de uso e que, portanto, “podiam ter sido receitados normalmente, mas foram abandonados pela gestão do atual secretário Francisco Specian Junior (seu sucessor), que adquiriu remédios muito mais caros”. Já Specian, ao depor, disse que não teve responsabilidades pela falha e culpou a gestão do antecessor.
As denúncias dos remédios vencidos foram feitas pela vereadora Zeila Benevides (PSDB) – que ocupou a vaga de Assunção por alguns meses e está na suplência – ao ir à secretaria de Saúde e encontrar mais de nove mil frascos de medicamentos vencidos – e que não podem ser utilizados.
O lote inicial era de 12 mil frascos de 100 ml do medicamento. Foram duas compras, sendo que a primeira, de 2 mil unidades, teve custo de R$ 1.480 e a segunda, de 10 mil frascos, no valor de R$ 7.400. O valor total foi R$ 8.880. O valor dos medicamentos que perderam validade seria de aproximadamente R$ 6 mil.