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Sinop: comissão da câmara começa apurar denúncia que vereador supostamente ficava com parte de salário de servidora

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A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da câmara municipal que investigará as denúncias contra o vereador Fernando Brandão (PR) será composta por Tony Lennon (PMDB), Joacir Testa (PDT) e Dilmair Callegaro (PSDB). A escolha foi por eleição, esta noite, durante a sessão ordinária da câmara. Os três se colocaram à disposição para compor a comissão tiveram aprovação unanime.

A comissão que deve se reunir nesta terça-feira pela manhã e começar a apurar as denúncias e acusações apresentadas no relatório do corregedor da câmara, Luciano Chitolina (PSDB),  embasado em acusações e denúncias publicadas em veículos de comunicação e no relato dos denunciantes, que afirmaram ter repassado valor mensal ou o salário integral para o vereador Fernando Brandão e chefe de gabinete dele, Viviane Bulgarelli. A comissão ouvirá os denunciantes e testemunhas. Em seguida, deve depor o vereador acusado e apresentar sua defesa. A data que ele será ouvido ainda vai ser definida.

Conforme Só Notícias já informou, a ex-ouvidora da câmara de vereadores, Nilza Assunção de Oliveira teria sido indicada para o cargo por Brandão. Mês passado, ela procurou a delegacia da Polícia Civil, e relatou supostas ameaças do vereador Fernando Brandão (PR) e da chefe de gabinete, Viviane Bulgarelli. Consta no documento policial o relato dela que, na quinta-feira (27), por volta das 20h, um homem tocou a campainha da residência e disse: “para de falar o nome do vereador Brandão e da Viviane, se não a chapa vai esquentar”. A versão dela é  apurada. Nilza não é mais servidora da câmara.

A acusação da ex-ouvidora é que as ameaças teriam iniciado após ela denunciar o vereador no Ministério Público Estadual por "cobrar repasse de pelo menos R$ 12 mil, em seis meses", dos salários dela. "Quando estava na ouvidoria ele perguntava se estava fazendo repasse ‘certinho’ para Viviane. Porém, sofri um acidente dentro da câmara e estourou um tendão do meu joelho. Eu estava de atestado por tempo indefinido do médico e ele me exonerou. Mesmo encostada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele queria que fizesse repasse. Não tinha como repassar mais porque caiu 70% do salário. Pagando remédio caríssimos. Repassei durante seis meses R$ 1,8 mil [ao mês] enquanto estava na ouvidoria e duas vezes de R$ 900 enquanto estava de atestado. Não tenho nenhum comprovante porque passava escondido para Viviane”, acusa.

Brandão se defendeu, há cerca de 20 dias. Ele negou, ao Só Notícias, qualquer tipo de ameaça e apontou que os repasses feitos por Nilza eram para pagar uma dívida particular dela com a Viviane. “Quem me conhece sabe da minha postura e jamais faria ameaças para ninguém. Em relação ao pagamento, ela [Nilza] devia para minha chefe de gabinete [Viviane] um valor mensal para essa dívida. A Viviane tem como comprovar essas dívidas. Depósitos que ela fez para Nilza. Após ela ter perdido o emprego dela, infelizmente, não da forma que eu gostaria, ela vem tentando me achacar de alguma forma. Não deveria estar falando nada sobre isso e esperar a denúncia do Ministério Público para me defender. Quem acusa tem que provar que eu ameacei e extorqui. É um absurdo isso. Os assessores da câmara já ganham um ‘mixaria’ e seria um absurdo cobrar alguma coisa. Pelo contrário, mensalmente eu ajudo meus assessores de alguma forma. Estou muito triste e tenho muita confiança na Viviane. Tenho certeza que ela não fazia isso que ela está falando. Vou me defender conforme vier a denúncia”, rebateu.

 

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