A câmara acaba de derrubar o projeto do executivo que previa permutar uma parte do estádio municipal e vender a outra para instalação de empresas e ser construído outro estádio. O primeiro passo foi votar o parecer da Comissão de Justiça e Redação (jurídico) que era favorável ao projeto. Mas, por 8 votos votos a 6, o parecer foi derrubado e, com isso, a análise, discussão e votação do projeto ficaram prejudicadas e acabou sendo arquivado.
Votaram para reprovar o parecer os vereadores Billy Dal Bosco, Joacir Testa, Luciano Chitolina, Leonardo Visera, Lindonar Guida, Icaro Severo, Dilmair Callegaro e Adenilson Rocha.
O projeto ainda precisava de outro parecer, da comissão de Finanças e Orçamentos, que não chegou a ser votado, mas era contrário. O vereador Icaro Severo, um dos integrantes, foi contrário e apontou que, embora não esteja em ótimo estado de conservação, o estádio sedia jogos do Sinop Futebol Clube, Sinop Coyotes e demais modalidades esportivas. “Não apresenta estudo da concretização dessas suposições (geração de empregos, investimentos) o que torna frágil a justificação do interesse público”. “Ausência de local específico para construção da nova arena”, e dispõe apenas” em área a ser indicada pelo executivo”. “Não há projeto arquitetônico nem nova área estabelecida para sua nova edificação”. “O que se tem é que haverá demolição do atual estádio e a construção de um empreendimento comercial. O povo não tem nenhuma garantia de como e onde será esse novo estádio”, “se a empresa vencedora (licitação) será capaz de construir uma nova arena”. “Deixar para uma empresa vencedora do certame, que pode não ser da região e não conhecer as demandas, construir uma nova arena pode não atender aos anseios da sociedade sinopense”. Icaro também questionou a falta de estudo de impacto de vizinhança para instalação de empresa em parte da área que seria permutada.
A prefeitura pretendia, com o projeto, vender/permutar 33 mil quadrados da área do estádio destinados para ser construída uma empresa no setor alimentício que, em troca, construiria o novo estádio e poderiam participar da licitação empresários que tivessem interesse em montar qualquer atividade comercial. O investimento mínimo na empresa que seria construída nos 33 mil metros quadrados seria de R$ 50 milhões e o empreendimento deveria ficar pronto em 120 dias trabalháveis. Quem compraria essa área deveria investir R$ 26 milhões para construir o novo estádio.
No novo projeto, a prefeitura estava propondo que a maior parte da área, 61,9 mil metros quadrados, seriam divididas em lotes e vendidos, através de licitação, para construir empresas de qualquer atividade comercial/prestadores de serviços. O valor previsto na avaliação judicial, devidamente homologada, é de R$ 33,2 milhões tendo como diretrizes desta lei o parcelamento em lotes e sua respectiva alienação seria em até 10 vezes, com desconto de 10% no pagamento à vista.
O plenário da câmara ficou lotado com empresários, dirigentes de entidades e desportistas que acompanharam a votação e a maioria dos presentes apoiou a decisão de arquivar o projeto da venda do estádio.
A prefeitura passou a propor a venda do estádio quando representantes de um grupo empresarial do setor de alimentos, na região Sudeste, propuseram comprar/permutar parte do estádio para construir um empresa prevendo gerar até 250 empregos. A prefeitura pediu avaliação judicial da parte que seria vendida/permutada e defendia que, a vencedora, construísse novo estádio. O projeto teve resistências de entidades e da câmara e foi modificado sendo apresentado o atual que previa venda total e construção de novo estádio.
(Atualizada com correção em 9/10 – 10:11h)