A câmara aprovou, na sessão de ontem à noite, requerimento dos vereadores Júlio Dias e Wollgran Araújo (ambos do DEM), cobrando da prefeitura que faça levantamento dos investimentos, custos para manutenção e de todas as taxas arrecadadas no aeroporto municipal João Batista Figueiredo, desde 2009 até agora. "Queremos ter uma visão muito clara dos custos para manter o aeroporto e os investimentos para melhorar o local. A sociedade nos cobra muito porque em anos anteriores se gerou uma expectativa muito grande de investimento naquele local", disse Dias, ao Só Notícias. Ele se referiu às promessas do prefeito Juarez Costa, ano passado, que seriam investidos cerca de R$ 100 milhões para Sinop ter um dos principais aeroportos mas até agora não saiu do papel.
"Infelizmente as promessas de investimento no aeroporto não se concretizaram. São recursos federais, infelizmente ainda não chegaram na cidade. Nós como legisladores temos que estar buscando uma solução, até porque criou se uma expectativa muito grande na sociedade", criticou. "Acreditamos que são necessários muitos investimentos, mas infelizmente dependemos dos recursos federais que parou todo. Temos que encontrar uma solução para isso. O aeroporto de Sorriso é bem mais novo e já esta mais preparado que o nosso. Isso nos preocupa por isso que queremos estas informações para podemos contribuir", acrescentou o vereador.
A prefeitura de Sinop divulgou, em abril do ano passado, que técnicos do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) haviam aprovado uma licença ambiental para ampliação do aeroporto. Os recursos que o prefeito anunciou seriam do PAC Aeroportos, porém, estas obras não ocorreram. Recentemente, a prefeitura construiu uma sala de embarque de passageiros.
Conforme Só Notícias já informou, o aeroporto de Sinop cobra, atualmente, conforme regras da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), R$ 16,04 dos passageiros, como taxa de embarque. Do montante arrecadado, R$ 11,80 vai para o município e outros R$ 4,24 são destinados para o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Neste caso, os valores devem ser aplicados, por lei, em melhorias, reaparelhamento, reforma e expansão dos aeroportos do país. Ano passado foram arrecadados R$ 1.263 milhão, com a taxa de embarque, cobrada dos passageiros