O presidente em exercício da câmara municipal, Júlio Dias (PT), acredita que até amanhã o departamento jurídico deve emitir parecer dando aval ou não para uma perícia independente apurar a queda parcial do antigo restaurante Colonial, no último dia 16. A contratação é defendida por vereadores de situação e oposição. Há suspeita de sabotagem já que populares teriam visto homens descendo de um carro, entrando e saindo do terreno onde está o prédio.
Júlio afirmou que uma das preocupações e quanto a legalidade da contratação da perícia. “É claro que há o desejo de saber o que realmente aconteceu, quais foram as causas, mas estamos aguardado parecer jurídico para não existir ilegalidade, até porque a Polícia Judiciária Civil, responsável pelas investigações, já está apurando. O prédio também não é um bem público, há um litígio (entre empresas)”, expôs, ao Só Notícias.
Apesar das argumentações, o presidente afirmou que a câmara acompanha “de perto” o desenrolar dos trâmites. “O Legislativo tem acompanhado e claro, esperamos que o Colonial se torne patrimônio da sociedade, até pela história que tem”, complementou.
A Colonizadora Sinop já anunciou que contratará peritos para investigar a queda parcial da cobertura. A confirmação foi feita pelo assessor jurídico da empresa, Rodrigo Moreira Goulart, explicou que a empresa não ser dona do empreendimento mas disputa na justiça para obter a posse, como parte de pagamento referente à venda de ações em 1999. A Colonizadora e a antiga Sinop Agroquímica discutem, na justiça, quem é proprietária do imóvel.
O restaurante Colonial faz parte da história de Sinop. Foi construído na década de 80 para receber o então presidente da República, João Batista Figueiredo, e é considerado patrimônio histórico do município.