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Sinop: Blairo diz que cansou de levar ‘bordoada’ e alfineta prefeitos

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O governador Blairo Maggi disse, nesta sexta-feira em Sinop, durante o seminário Nortão: dificuldades, desafios e soluções que a pavimentação da BR-163 entre Guarantã do Norte e Santarém (PA) prevista para iniciar em maio, deve proporcionar a instalação de muitas indústrias na região. Porém, o governador recomendou aos prefeitos que não fiquem esperando só pela conclusão da rodovia para articular investimentos privados para seus municípios. ” É comum os prefeitos pedirem ao governo arrumar indústrias para suas cidades. O Estado não define. Quem decide são as empresas, avaliando inúmeros pontos estruturais, oferta de matéria prima, produção logística. E, para o Nortão, a BR-163 é fundamental para escoamento da produção. Quando estiver pronta muitas indústrias virão para cá”, discursou Blairo. Ele também mandou um recado aos prefeitos: “Precisa ter enganjamento dos prefeitos e secretários municipais de Indústria e Comércio para atrair empresas. O Estado ajuda e as empresas é que definem onde se instalarão. Vamos tirar a bunda da cadeira e correr atrás de buscar novos investimentos”, alfinetou.
Para Blairo, os municípios de Sinop em direção ao norte terão um novo momento de industrialização, reclamada por todos os prefeitos e lideranças da região, com a pavimentação da rodovia até o porto em Santarém (PA) que reduzirá em até US$ 20/tonelada o valor do frete, gernado maior competitividade para os produtos da região que chegarão aos grandes centros. Ele acredita que, nos 4 anos do governo Lula, os cerca de mil km entre a divisa de MT até Santarém sejam pavimentados.

O governador também falou sobre as perspectivas econômicas futuras, diante do cenário internacional, considerando que Mato Grosso é campeão brasileiro em produção de soja e um dos maiores exportadores. “Temos que produzir com responsabilidade e preservação ambiental. Se fizermos afrontamento ao mercado internacional poderemos ter fortes consequências. Não somos mais donos do nosso nariz, infelizmente”, disse. Porém, previu que este ano vai ser melhor para economia estadual. “A produção de milho deve ser ampliada. O produto não tinha mercado e hoje é vendido para ser embarcado até em janeiro de 2009 a preços vantajosos porque os Estados Unidos fizeram um programa de etanol muito forte e vai sobrar espaço para nossa produção ganhar fortes mercados”, projetou.

O tom otimista de Blairo só foi interrompido quando abordou o tema de abertura de novas áreas para ampliar a produção de soja devido as repercussões com a derrubada de florestas. “Se me perguntarem se quero abrir mais áreas para plantar respondo na hora: Não quero mais. Cansei de levar bordoada nas costas. Como produtor e governador”, desabafou. Para ele, o mundo vai pagar mais caro para poder plantar e consumir combustível e Mato Grosso voltará a aumentar sua produtividade para fornecer matéria prima a eles. Temos que estabelecer políticas sustentáveis e que proporcionem retorno para o setor produtivo do Estado”, emendou.

Carga tributária
O governador descartou reduzir o ICMs madeira e do boi, que foram cobrados, durante o seminário. “Quem vai pagar a conta ?”, questionou. “Gostaria de baixar os impostos, mas vamos colocar o Estado e os municípios em dificuldades. Não dá para ficar prometendo o que não é possível.

Após ouvir cobranças do setor madeireiro, Blairo disse que o segmento terá que ser recolocado. “Deve se investir no reflorestamento. A madeira vai ser rentável. Soja nesta região não vai porque o solo, a 100 km daqui, tem particularidades adversas para a agricultura. Boi, vocês sabem quanto está rendendo. O futuro desta região será plantar árvores e voltar a fortalecer este setor. Temos um fundo com mais de R$ 5 milhões para formar viveiros e o reflorestamento aumentar”, afirmou.

O seminário, organizado pelo prefeito Nilson Leitão e os deputados Dilceu Dal Bosco e José Riva, tornou Sinop a capital de Mato Grosso nesta sexta. Reuniu todo o secretariado estadual, 13 deputados estaduais, 3 federais, prefeitos de mais de 20 cidades da região, além de vereadores e dirigentes de entidades e associações.

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