A direção do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT) encaminhará sugestões ao governador Silval Barbosa (PMDB) para melhoria da saúde no Estado e ao mesmo tempo cobrará a União para aplicar mais recursos na área. Estas foram as decisões da reunião realizada, ontem à noite, entre o secretário de Estado da Casa Civil, José Lacerda, o presidente do sindicato, Dejamir Soares, e o deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT).
Dejamir solicitou, em documento, a abertura de diálogo com o governador para negociação sobre a precariedade da rede de saúde pública, principalmente, no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. Caso a negociação não avance para solução aceita de comum acordo, a categoria já definiu em assembleia que entrará em greve a partir do dia 26, quinta-feira.
O presidente do sindicato cita que há cerca de dez hospitais particulares que estão fechados no interior que podem voltar a funcionar e o governo locar vagas. "Pedi para o sindicato patronal mandar a relação de hospitais fechados para pedir a reabertura. Além da reativação dos hospitais particulares, vamos pedir a ampliação de Autorizações de Internação Hospitalar", descreve Dejamir.
Os médicos, enfermeiros e outros técnicos querem melhorias definitivas para o Pronto Socorro e não aceitam mais negociar com o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo. Eles reivindicam mais leitos para internação na unidade, para que pacientes não fiquem acomodados no chão e mortes por falta de atendimento. Além da construção de um hospital regional em Cuiabá com capacidade de mil leitos e melhores condições de trabalho para a categoria.
Os trabalhadores da área médica aprovaram indicativo de greve na quinta-feira em assembleia geral do Sinpen e do Sindicato dos Médicos (Sindimed) em frente ao Pronto Socorro de Cuiabá, com cerca de 200 pessoas do total de 1,9 mil da categoria.