O Sindicato dos Servidores Públicos de Sinop confirmou que, na próxima terça-feira (19), haverá paralisação pela defesa de concurso público no município, pela saúde financeira do Instituto de Previdência de Sinop. A previsão é de concentração, no período da manhã, em frente a prefeitura, e à tarde em frente a câmara de vereadores. O presidente do sindicato, Adriano Perotti, confirmou ao Só Notícias, que há cerca de 30 dias existe negociação com a prefeitura para “algumas alterações pontuais, não em plano de carreira, mas na legislação para regularizar alguns cargos e criação de vaga para concurso público.”
“A prefeitura encaminhou pra gente o ofício 156/2024, do gabinete do prefeito, onde ele propõe fazer algumas pequenas alterações na estrutura de cargo como grau de escolaridade e criação de alguns cargos para concurso público. Isso não atende a necessidade que a gente vem pleiteando, então não tem nada a ver com reforma de plano de carreira o prefeito ele enviou um documento assinado pra gente se comprometendo a não mexer em plano de carreira esse ano, e a gente não tá mexendo o plano”, explicou.
Conforme Perotti, a paralisação busca realização de concurso público, uma vez que é um dos compromissos feitos pelo prefeito Roberto Dorner na campanha. “Ele já está indo para o final da gestão dele, não realizou concurso público e não diminuiu a terceirização, que também é um compromisso de campanha dele. A paralisação por alteração de plano de carreira pode existir, paralisação, greve, a partir do ano que vem, caso ele seja reeleito e insista em mexer conforme os moldes que ele e a fundação Getúlio Vargas definiram.”
“A gente vem tentando desde o início da gestão manter diálogo com o prefeito Roberto e a gente vem caminhando ano após ano vários ofícios ao prefeito é questionando várias situações que a gente tem, que entra em desconformidade em desacordo algumas até em desconformidade legal, porém 70% dos ofícios que a gente mandou para a atual gestão não foram respondidos e acaba criando uma situação e forçando o servidor e o sindicato tomar uma atitude mais enérgica”, reforçou o presidente Perotti.
Ainda segundo Adriano, atualmente a prefeitura tem cerca de 2,5 mil servidores efetivos concursados, em torno de 500 contratados direto por teste seletivo e mais de 1,2 mil terceirizados. “Hoje, a diferença, o descompasso que tem entre o número de servidores de carreira e o número terceirizado é muito grande. A prefeitura gasta hoje R$ 8 mil com um posto de motorista terceirizado do transporte escolar, e se fosse para ela fazer concurso para o servidor efetivo, ela gastaria em torno de R$ 3,7 mil, não chega a R$ 4 mil. Nós temos 30 motoristas terceirizados só no transporte escolar, fora os terceirizados nas obras, terceirizados na saúde”, afirmou Adriano.
“A prefeitura gasta R$ 19 milhões por ano com terceirização do apoio educacional, merendeiras e zeladores de escolas, paga para empresa terceirizada R$ 4,2 mil por mês por cada posto de trabalho. Se a prefeitura fizesse concurso, esses R$ 4,2 mil cairiam para R$ 3,1 mil por mês, a despesa que teria com salário, férias, décimo terceiro. É isso que a gente questiona e questionou o gestor em vários ofícios já, e ele se mantém inerte, parece que o compromisso com o dinheiro público e economicidade do dinheiro público não existe”, concluiu o presidente do sindicato.
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