quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Simon ataca Dilma e bate boca com Jayme Campos

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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez nesta quarta-feira (24) duras críticas ao PT e à presidente Dilma Rousseff. O pronunciamento do senador foi motivado pela possibilidade de votação do projeto de lei que restringe o acesso de novos prtidos à propaganda em rádio e TV e ao fundo partidário (PLC 14/2013). Simon disse estar arrependido de ter votado em Dilma nas últimas eleições.

– A presidenta está começando a perder a credibilidade. Já está começando a se ver que ela é uma política vulgar – lamentou Simon.

O projeto em questão impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos parlamentares que deixarem os seus partidos para ingressar em uma nova legenda. Para os críticos da medida, a votação seria uma tentativa de prejudicar a candidatura da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela tenta viabilizar a criação do partido Rede Sustentabilidade e é apontada como candidata à Presidência da República nas próximas eleições, em que Dilma pode disputar a reeleição.

Simon disse estar em dúvida quando à intenção da presidente Dilma Rousseff no que diz respeito ao projeto, e se perguntou se ela estaria fazendo isso porque "se deixou ludibriar pela paixão do cargo e quer se manter no cargo, custe o que custar".

Embora se declare favorável a um limite do número de partidos, o senador ressaltou que não concordava com a forma apressada com que a medida estava sendo proposta.

É essa também a crítica de Marina Silva, que, em visita ao Senado na terça-feira (23), defendeu a tramitação do projeto pelas comissões de mérito. Foi apresentado um requerimento de urgência, que levaria a matéria direito ao Plenário, onde poderia ser votado ainda nesta quarta-feira.

Ditadura

Emocionado, Pedro Simon chamou o projeto de "pacote de abril da presidente Dilma", em referência ao pacote de abril lançado durante o regime militar. O conjunto de leis, outorgado em 1977 pelo então presidente Ernesto Geisel, fechou temporariamente o Congresso Nacional.

A declaração gerou uma discussão com o senador Jayme Campos (DEM-MT), favorável ao projeto, que foi acusado por Simon de ter feito parte da Arena, partido de sustentação do regime de exceção. Jayme Campos, após o discurso de Simon, afirmou que, embora respeite todos os partidos, não fez parte da Arena e recebeu um pedido de desculpas do senador do PMDB.

 

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