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Silvério pede a ministra informações sobre caso de venda de sentenças em MT

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Silvério Gomes, solicitou oficialmente à ministra do Superior Tribunal de Justiça, Nancy Andrighi, informações quanto às investigações que ocorrem sob sua responsabilidade visando apurar supostos casos de corretagem de sentenças e decisões judiciais no âmbito do Poder Judiciário Estadual. Em entrevista publicada ao Diário de Cuiabá, o desembargador revelou que aguarda manifestação da ministra para, caso haja casos concretos e comprovados, tomar as providências cabíveis.

O presidente ponderou a importância de discernir os fatos, visto que as notícias envolvendo o assunto dão conta somente de conversas de intermediários, os chamados "lobistas", em casos de supostas tentativas de negociação de decisões judiciais. "O nome de desembargadores aparece na boca de lobistas. Não se sabe se participaram mesmo ou não. Tanto que a ministra do STJ não afastou ninguém, está sendo cautelosa", asseverou o desembargador, criticando as manifestações caluniosas e reiterando a importância de evitar a generalização.

Ainda em relação às denúncias, o desembargador expressou sua preocupação com a imagem do Poder Judiciário e dos seus membros. "Continuamos trabalhando com celeridade, honestidade e vamos apurar os desvios", assegurou, antecipando que aqueles que comprovadamente tiverem tido desvios de conduta em sua atuação serão punidos, respeitado o devido processo legal. "Não estamos aqui para compactuar com ninguém qualquer desvio. Precisamos preservar a instituição porque a gente passa e ela fica", considerou o desembargador presidente.

Sistema financeiro – Ao ser questionado sobre as reivindicações de parte dos servidores quanto a averiguações na folha de pagamento, o desembargador reafirmou sua disposição em buscar apoio do Conselho Nacional de Justiça e tornar claro e transparente o funcionamento do sistema. "Quero que o Conselho Nacional de Justiça venha fazer uma verificação porque nossas contas estão corretas, não tem nenhum pagamento irregular, nenhum privilégio". O magistrado destacou a impossibilidade financeira e orçamentária de quitar débitos pretéritos com os servidores, cujo montante acumulado ao longo de anos ultrapassa R$ 213 milhões. O mesmo se aplica à concessão do auxílio-alimentação mensal aos servidores, que demandaria mais R$ 3,5 milhões. "Quero que o CNJ mostre que não temos como atender as reivindicações. O não atendimento das solicitações acontece por falta de meios", explicou o desembargador.

 

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