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Silval protela saída do PSD mas não recusará entrega de cargos

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O governador Silval Barbosa (PMDB) terá alguns dias a mais de fôlego para tratar da saída do PSD de seu governo, já que hoje deverá ir à Brasília e ficar até quarta, para diversas audiências. Até na quinta-feira, 1º de março, data marcada para o PSD, por livre e espontânea vontade devolver os cargos, todos os esforços serão no sentido de convencer a sigla a permanecer aliada ao governo, mas se houver insistência na devolução dos cargos, o governador vai aceitar e promover a troca dos titulares.

“Tudo está sendo feito para que o PSD permaneça por se entender a importância da sigla na sustentação política do Governo Silval Barbosa, mas se isto não for possível o governador tomará as medidas que julgar necessárias e promoverá as alterações que poderão ser muito mais profundas do que o próprio PSD imagina”, disse uma alta fonte do Palácio Paiaguás, sinalizando que no final de semana o governador esteve reunido discutindo a questão e preparando para se necessário tomar as providências.

A decisão do PSD poderá ter repercussões ainda maiores para a própria agremiação, já que os outros partidos aliados como o PR sinalizaram e reforçaram o apoio a administração estadual, mantendo assim a maioria dos votos dos 24 deputados estaduais.

O PSD tem, hoje, além do presidente da Assembleia, José Riva, os votos dos deputados Walter Rabello que é independente e pode significar o fiel da balança, já que em alguns matéria ele vota com o governo e em outras contra; os deputados Airton Português; o suplente Luizinho Magalhães que pode perder a vaga para o titular, Antônio Azambuja, atual secretário de Esportes mas que permaneceu no PP e aliado do Governo do Estado. Já a vaga ocupada por Gilmar Fabris que era do DEM e migrou para o PSD, poderá ser ocupada novamente pelo titular, Zé Domingos Fraga, também Democrata que migrou para o partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Sem suplentes, só titulares, o PSD detém cinco vagas e na melhor das hipóteses fica atrás do PR que hoje detém 7 deputados, mas 2 são suplentes, sendo que o titular de uma das vagas é do PR, João Malheiros, secretário de Cultura e outro é do PMDB, a secretária de Turismo, Teté Bezerra.

A contabilidade do governo do Estado é para saber qual o tamanho do problema que ele teria caso o PSD efetivamente passasse para a oposição, assumindo o papel de oposição, que por enquanto está restrito a críticas, sem ações imediatadas.

O fato do partido só falar através do deputado José Riva, centra na figura do mesmo o descontentamento do partido com o governo do Estado, mas é frequente e recorrente a presença dos deputados do PSD no Palácio Paiaguás, como se não existisse problemas na relação política entre o partido e o governo. O próprio deputado federal, Eliene Lima, presidente do Diretório Municipal do PSD em Cuiabá sinalizou na semana passada ser contra a saída do partido do bloco de apoio ao governo. Este sentimento seria o mesmo de outros parlamentares que evitam se expor para não provocar mais confronto interno dentro da agremiação.

(Atualizada às 14h)

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