O governador Silval Barbosa (PMDB) está preocupado com o andamento das obras de adequação do aeroporto Marechal Rondon, que é de responsabilidade do governo federal. Recentemente, a construção do Módulo de Operação Provisório (MOP) foi suspenso, pois a empresa vencedora da licitação não obedeceu os prazos para a entrega da obra. Devido a isso, Silval planeja ir até Brasília e cobrar o compromisso da obra do governo Dilma.
De acordo com a assessoria de imprensa do governo, o secretário-extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, que tem sob a sua responsabilidade elaborar o Plano Estadual de Viação, que vai planejar o plano diretor da logística intermodal no qual os aeroportos estão incluídos, além da ferrovia, hidrovias, disse que dos 28 tópicos assumidos com a Fifa apenas a execução das obras do aeroporto, voluntariado e suprimentos não são responsabilidade do Governo do Estado. Dos três tópicos que estão fora da agenda do governo, a obra do aeroporto está sob a responsabilidade da Infraero.
Segundo Francisco Vuolo, após a criação da Secretaria-extraordinária de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes constatou-se que não existe nenhum documento formal entre o Governo Federal e o Estado de Mato Grosso relativo ao aeroporto Marechal Rondon, uma obra essencial, já que é porta de entrada para a Copa do Mundo, e que "parece não estar, com suas obras dentro do cronograma", informou.
Vuolo diz que o Estado não pode trabalhar na informalidade. Com o objetivo de garantir prazos, Mato Grosso, por meio da Secretaria, está agendando uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, para cobrar esse documento e uma garantia de que as obras serão executadas para que Cuiabá possa realmente se candidatar a ser sede da Copa das Confederações. De acordo com ele, assim que for marcado a agenda o governador Silval Barbosa, mais a bancada federal, diretores da Agecopa e o próprio secretário irão se reunir com o ministro para que ele cobre da Infraero o cumprimento do cronograma. Ele lembra que as obras da Ferrovia Vicente Vuolo, que também estavam emperradas, só começaram avançar depois que a presidenta Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, cobrou da concessionária da obra. "É o mesmo caminho que vamos utilizar", avisa.
A cobrança desse documento formal, segundo Vuolo, é necessária até para que o governo de Mato Grosso possa encaixar os prazos das obras do aeroporto com as obras de mobilidade urbana, que serão executadas nas avenidas 15 de Novembro, em Cuiabá, e da FEB, em Várzea Grande, e assim causar o menor transtorno para a população.