O governador Silval Barbosa (PMDB), até para se impor como novo chefe do Executivo Estadual, já que conseguiu um aval da população nas eleições de 3 de outubro, tende a promover mudanças no primeiro e segundo escalão de seu governo que começa efetivamente em 1º de janeiro, já que atualmente ele conclui um mandato iniciado por Blairo Maggi(PR) senador eleito e por ele como vice em 2007.
As mudanças, no entanto, como o próprio governador Silval Barbosa deixou claro, e, já vem sendo discutidas, não devem alterar alguns setores que o próprio chefe do Executivo considera como essenciais, no caso da Fazenda Estadual, Comunicação, Infraestrutura, Planejamento e Indústria, Comércio e Mineração, principalmente esta última que deverá virar a menina dos olhos do governador por causa das reservas de fósforo e ferro descobertas em Mirassol D”Oeste e que podem potencializar e industrializar ainda mais a economia de Mato Grosso, ainda mais por elas serem bem maior do que de Carajás no Estado do Pará.
Essas pastas têm um desempenho que sustentaram nos últimos anos a credibilidade da administração estadual e mesmo em casos de crítica por alguns setores, os acertos são muito superiores aos erros que serão combatidos de frente, segundo o próprio governador do Estado.
Bastante conservador, Silval Barbosa evita atropelos em sua gestão por causa de pressões políticas, mas sabe e reconhece de público que “quem ajudou a ganhar, tem que ajudar a governar e se responsabilizar pelos erros e acertos da administração”, disse Silval Barbosa se referindo aos partidos e líderes políticos.
Mais político que seu antecessor, Silval sabe que tem pouco tempo de mandato, quatro anos que se forem somados a uma eleição municipal e uma possível desincompatibilização em 2014 reduzem seu mandato a pouco mais de três anos e precisa correr contra o relógio para continuar o ritmo frenético de desenvolvimento experimentado por Mato Grosso nos últimos anos de governo.
“Haverá mudanças, mas não será com o intuito de dar o meu perfil a administração. A população não quer saber de perfil e sim do que o governo é capaz para melhorar a qualidade de vida de todos e atender aqueles que não podem por seus próprios meios proverem serviços básicos como educação, saúde e segurança”, disse o governador que evita falar em nomes por enquanto e só sinaliza as conversas com os partidos e os líderes para a composição do seu novo staff.