O governador Silval Barbosa (PMDB) só anunciará sua posição de deixar ou não o comando do Estado no último prazo, ou seja, no dia 31 de março de 2014. “Eu estive pensando muito sobre o assunto, e mais uma vez entendo que não é esse o momento para definir essa questão. Tenho um prazo legal para decidir sobre disputar cargo eletivo, e só vou fazer isso no limite desse prazo”, avisou. A declaração de Silval é um claro recado ao partido de Carlos Bezerra, o PMDB, e às legendas da base, que mantém expectativa de que a decisão do governador possa ocorrer até o dia 31 de dezembro deste ano.
O projeto político do governador se torna uma das principais peças para a construção dos pilares eleitorais. Por isso a esperança de que ele definisse seus planos o mais breve possível. A posição de Silval Barbosa remete para o período pós-março, outras articulações a cargo das agremiações aliadas. Eventual saída de Silval do Executivo garante ao vice-governador e presidente do PSD de Mato Grosso, Chico Daltro, o direito de assumir a chefia do Estado. O nome de Daltro também é avaliado para assumir cabeça de chapa majoritária, nesse cenário, com lançamento de seu nome à reeleição. Nessa conjuntura, o partido de Daltro carregaria além da força do Governo, o fato de ser a sigla com maior número de prefeitos eleitos em 2012, que somaram 39.
A indefinição do governador atinge ainda o PR do deputado federal Wellington Fagundes, que mantém conversações prévias com os dois grupos: situação e oposição, através do candidato virtual ao Governo, senador Pedro Taques (PDT). Fagundes pontua as dificuldades para formação de parcerias, em razão da indecisão de Silval.
Legendas da base, como o PP de Ezequiel Fonseca, costuram o nome do megaempresário Eraí Maggi para a corrida ao Palácio Paiaguás. E o PT trabalha em duas frentes para disputar o Governo, com o ex-vereador Lúdio Cabral e o juiz federal Julier Sebastião da Silva, caso se filie à sigla.
PMDB – No partido do governador, membros da cúpula que atuam diretamente no staff, tem defendido com veemência a continuidade da gestão até o fim do próximo ano. Secretários da linha de frente da administração, e próximos do governador, também comungam da tese de que ele não deve disputar o pleito geral. O governador avalia cuidadosamente esse contexto, dependendo ainda de resultados de gestão, que deverão fundamentar sua decisão.
“Não posso avaliar esse quadro agora, porque tenho uma prioridade maior que é o Governo de Mato Grosso, e os resultados de todo o trabalho que nos esforçamos para fazer. Existe um planejamento macro, que ainda depende de finalização. Tem outros itens que é o desempenho do Estado sobre a conjuntura dos recursos e a ordem do equilíbrio fiscal e financeiro. Sem ter a certeza da conclusão dos planos para Mato Grosso, não posso me antecipar sobre fatos. No momento oportuno, avaliarei o projeto político junto com o partido”, concluiu Silval Barbosa.