A Casa Civil deve finalizar em dez dias a análise do relatório sobre a situação da saúde no Estado. Após este período, com os dados em mãos, o governador Silval Barbosa (PMDB) poderá tomar uma decisão quanto à produtividade do atual gestor da pasta, Mauri Rodrigues de Lima. Com isso, o governador conseguiu trégua com o PP.
Por indicação do partido, Mauri assumiu a pasta no início do ano, mas sofre pressões políticas, já que a sigla não se sente contemplada com o atual gestor, e o deputado Antônio Azambuja diz que não será responsabilidade do partido, caso a situação da saúde se agrave.
A situação ficou tão crítica que o PP ameaçou romper com a gestão do governador e atuar como oposição na Assembleia Legislativa. Contudo, o próprio partido passa por crise interna, já que possui apenas dois deputados estaduais, sendo Azambuja e Ezequiel Fonseca e perdeu força política com a condenação do deputado federal Pedro Henry no esquema do Mensalão.
A única prerrogativa do partido na gestão Silval é a pasta da saúde, mas com a insatisfação dos parlamentares, o governador pediu trégua ao impasse, e prometeu que tomará uma decisão quando estiver com os dados do relatório.
O governador já afirmou que a mudança na pasta não é vista com bons olhos, e não admite ceder à pressão política. Mas, pediu empenho do gestor para que a saúde seja prioridade, sendo que o secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, possui a missão de cortar onde puder para garantir os investimentos na área da saúde. Por enquanto, a crise com o PP foi contornada, mas, será preciso trabalho árduo do secretário para garantir viabilidade à saúde.