A 14ª Promotoria Criminal da Comarca de Cuiabá encaminhou, esta tarde, ao judiciário denúncias relacionadas a investigações da Operação Sodoma, contra 17 pessoas: o ex-secretário de Administração Francisco Anis Faiad (que ficou preso 7 dias, no mês passado), e Valdísio Juliano Viriato, que ocupou o cargo de secretário adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana e novamente contra o ex-governador Silval da Cunha Barbosa, que está preso desde setembro de 2015. O ex-secretário da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf (que ficou preso alguns meses, fez delação e responde em liberdade), o ex-secretário de Fazenda Marcel Souza de Cursi, além de Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o ex-chefe de Gabinete Sílvio Cezar Corrêa Araújo, o ex-secretário de Administração César Roberto Zílio, José de Jesus Nunes Cordeiro, Pedro Elias Domingos de Mello, Rodrigo da Cunha Barbosa, Arnaldo Alves de Souza Neto, Karla Cecília de Oliveira Cintra, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
O Ministério Público informa que nesta fase da operação foi apurado "que a organização criminosa solicitou e recebeu vantagem indevida de R$ 3,05 milhões entre outubro de 2011 a dezembro de 2014, da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda. Em contrapartida, foram fraudados três pregões presenciais que viabilizaram a permanência da referida empresa na condição de fornecedora de combustível para o abastecimento de toda a frota do Poder Executivo Estadual. Foram constatados, ainda, desvios de dinheiro público junto a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana no valor aproximado de R$ 5,1 milhões, no período de fevereiro de 2013 a outubro de 2014, mediante a prática fraudulenta de inserções fictícias de consumo de combustível por meio do sistema eletrônico de gestão de abastecimento que era gerido pela empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda", aponta o MP, através da assessoria.
A promotora Ana Cristina Bardusco Silva expôs, em um trecho da denúncia, que, "na medida em que as investigações avançam, reafirma-se a existência e efetiva ação de organização criminosa que se estabeleceu no seio do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso com o propósito de capitalizar vantagem indevida, exigindo, solicitando, recebendo recursos da classe empresarial mato-grossense, fraudando licitações e desviando / apropriando recursos públicos, promovendo verdadeira sangria na Receita Pública do Estado”, ressaltou.