O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que os movimentos grevistas enfrentados neste início de seu governo é devido a insatisfação das categorias que não tiveram os reajustes necessários ao longo dos últimos anos. Segundo ele, é impossível atender a todos os pedidos devido a capacidade financeira do Estado. “Eu tenho a capacidade de compor carreira salarial no máximo até R$ 100 milhões em todas. Mas o pleito é de mais de R$ 1 bilhão. Por isso, eu fui resistente”, disse, neste sábado à tarde, em Sinop, por onde passou com a caravana Rota da Integração.
O governo Silval enfrentou uma “onda” grevista. Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do Departamento Nacional de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), que acabaram aceitando o reajuste proposto pela equipe econômica do governo e voltaram ao trabalho após muitas negociações.
Já os investigadores e escrivães da Polícia Civil mesmo com as negociações e várias propostas feitas pela equipe do governo, mantém o movimento grevista e estão irredutíveis. Silval disse que a proposta oferecida aos servidores desta categoria é o máximo que o governo do Estado pode propor para não estourar o orçamento.
Conforme Só Notícias informou, os grevistas anunciaram 100% da paralisação na quinta-feira (1º), mas no sábado (3) recuaram e voltaram a atender em 30% do efetivo. Eles rejeitaram, em assembleia, a proposta feita pelo governo. A Secretaria de Estado de Administração esclareceu que a mais recente proposta “eleva o salário inicial e final da categoria em 65% e 111% respectivamente até 2014”. O aumento médio na tabela será de 84%. Com isso, o salário inicial que hoje é de R$ 2.365,55 chegará a 3.900,90 e o final de R$ 5.250,39 irá para R$ 11.079,83 em 2014, atendendo a principal reivindicação da categoria que é equiparar os vencimentos da Polícia Civil com as demais carreiras de nível superior.