O governador Silval Barbosa (PMDB) lamentou, ontem à noite, em Sinop, a suspensão nos abates dos frigoríficos do Grupo Frialto e Sinop e Matupa (além de plantas em em Rondônia e Mato Grosso do Sul) mas pôs o governo do Estado à disposição para ajudar o grupo a conseguir crédito e retomar as atividades. “O que depender do Estado para ser o indutor na busca de uma solução, nós vamos estar presente”, disse o governador. Silval apontou preocupação para com os reflexos no Estado com a situação atual da empresa, pois empregos e renda deixam de ser gerados na região. “No nosso entendimento é um grupo sério, mas que entrou em dificuldade financeira e está buscando uma recuperação judicial. O que depender do Estado, nós vamos ajudar a empresa. Esses emprendimentos interessam ao Estado, na geração de emprego e também no fomento a concorrência. Até para que os produtores não fiquem na mão de um só grupo”. Em Sinop e Matupá, por exemplo, estavam sendo gerados aproximadamente mil empregos diretos. Oficialmente, não foi confirmado número de demitidos. O grupo estuda alternativas para, aos poucos, retomar os abates nas plantas de Sinop e Matupá, mas não foram fornecidas outras informações.
Conforme Só Notícias informou em primeira mão, o Grupo Frialto, composto pelas empresas Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S/A, Agropecuária Ponto Alto S/A e Urupá Indústria e Comércio de Alimentos ingressou na justiça de Sinop, na segunda-feira, com pedido de recuperação judicial. A empresa tem frigoríficos em Sinop, Matupá e Nova Canaã do Norte e nos Estados de Rondônia (Ji-Paraná) e Mato Grosso do Sul (Iguatemi) e um centro de distribuição em Jundiaí (SP). “Foi a alternativa encontrada para assegurar a continuidade operacional das unidades frigoríficas em atividade. O objetivo é preservar o valor de seus ativos enquanto as negociações com os credores, já iniciadas, são realizadas, de modo que a reestruturação financeira possa acontecer de maneira organizada e assim reestabelecer uma adequada estrutura de capital, equacionando de forma equilibrada o atendimento de seus credores e a capacidade de pagamento da empresa. O Grupo Frialto conta com a assessoria do escritório de advocacia Felsberg e Associados, especializado em processos de recuperação judicial”, comunica o grupo.
Os rumores do pedido de recuperação fiscal do Frialto iniciaram na semana passada e, de lá para cá, o preço da arroba do boi caiu aproximadamente R$ 2. O Frialto tem capacidade para abate de 4 mil cabeças/dia e está habilitado para exportar produtos para toda Europa e possui em sua lista mais de 20 outros países compradores.