O ex-governador Silval Barbosa prestou depoimento, esta manhã, na Delegacia Fazendária (Defaz). Ao sair, falou com a imprensa e negou o pagamento de propina em torno de R$ 500 a R$700 mil ao mês, durante os anos de 2011 a 2014 para uma empresa. Rechaçou também qualquer tipo de contato como empresário Willians Paulo, que apontou a polícia com o esquema funcionaria.
“Essa prisão é muito estranha, muito mesmo. Eu tinha a possibilidade de ir embora hoje, já tenho parecer favorável do relator, então o novo pedido é muito estranho. Ainda mais que a prisão é decretada sem eu nem ter sido ouvido. O normal é ouvir as pessoas, dar o direito de defesa. Aqui não; me prendem, me execram depois quer me ouvir”, rebateu. Ele considerou que o empresário declarou para a polícia que fez declarações e "disse que tinha corrupção desde o Governo Blairo Maggi até hoje. Eu achei estranho o inquérito não ouvir ninguém dos demais governos. Além disso, acharam R$ 1 milhão em dinheiro vivo na casa dele, mas no inquérito sequer fizeram perguntas pra ele sobre esse dinheiro. Não conheço esse rapaz, ele nunca esteve comigo e mentiu quando disse que esteve na minha casa ou no meu gabinete”, afirmou, em entrevista, ao sair da delegacia onde prestou depoimento.
A terceira fase da operação Sodoma é consequência da Sodoma 2, realizada no dia 11 de março para apurar a suspeita de pagamentos de propina em contratos celebrados com o governo do Estado na gestão de 2010 a 2014.
O empresário Willlians contribuiu para que as investigações chegassem em outra modalidade de corrupção dentro da gestão do ex-governador.Ele fo preso na operação 'Sodoma 2', juntamente com o ex-secretário de Administração Cezar Zílio e o arquiteto do José da Costa Marques.
Além de Silval, as ordens de prisão nesta nova etapa foram para o ex-secretário de Administração Pedro Elias e ao ex-chefe de gabinete, Silvio Correa, que já havia sido preso na operação 'Sodoma 1'.
Também foi cumprido mando de busca e apreensão de documentos na casa de Pedro Elias.
(Atualizada às 15h18)