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Silval deixa como garantia na justiça para ser solto duas fazendas no Nortão, avião e terreno em Sinop

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O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) deixou como garantia na justiça bens avaliados em R$ 46 milhões para ser solto e ter confessado corrupção em seu governo, além de delatar envolvidos nos esquemas como diversos ex-secretários estaduais.

Os bens relacionados pelo ex-governador e que podem ser 'sequestrados' pela justiça como ressarcimento são: 
Fazenda Serra Dourada II, de 4.114,9550 hectares em Peixoto de Azevedo, avaliada em R$ 33.1 milhões.
Fazenda Lagoa Dourada 1,  de 1.248,6647 hectares, em Peixoto de Azevedo, 1 avaliada em R$ 10.4 milhões
Aeronave prefixo PT- VRX modelo EMB-810D, avaliada em R$ 900 mil.
Um lote urbano localizado em Sinop, com dois mil e quinhentos metros quadrados, avaliado em R$ 860 mil.
Imóvel localizado nos lotes 1 e 2 Quadra 13 da Rua Amsterdam Bairro Rodoviária Parque em Cuiabá, com edificação, avaliado em R$ 1.2 milhão, informa o Gazeta Digital.

Silval saiu, em viatura da DEFAZ, do centro, e foi para seu apartamento onde era aguardado por familiares. Ele está usando tornozeleira eletrônica.

Para sair da cadeia, o ex-chefe de gabinete Silvio César Corrêa Araujo, ofereceu para garantia o perdimento imediato o imóvel avaliado em R$ 472.9 mil no bairro Rodoviária Parque Cuiabá, na capital.

Na delação, Silval entregou 12 pessoas, incluindo o próprio filho, Rodrigo da Cunha Barbosa, como membros da organização criminosa que ele admite ter sido montada para arrecadar valores para custear dívidas e campanha política. Detalhou no dia 1º de junho, em interrogatório, na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública, a participação de cada uma delas e os valores de propina que cada um recebeu. Citou a participação de seu ex-chefe de gabinete, Silvio César Corrêa Araújo, os ex-secretários estaduais Pedro Nadaf, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, (Chico Lima), César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Melo, Valdísio Juliano Viriato, Arnaldo Alves, Marcel Sousa de Cursi, Afonso Dalberto, Francisco Anis Faiad e José de Jesus Nunes Cordeiro.

Sobre ao desvio de dinheiro apontado pelo Ministério Público envolvendo o pagamento da desapropriação no bairro Jardim Liberdade para empresa Santorini Empreendimentos, Barbosa afirmou que “tal procedimento foi realizado com único propósito de desviar dinheiro público do Estado em benefício da organização criminosa, já que possuía uma dívida com Valdir Piran, decorrente de empréstimos tomados na campanha e que com a negociata conseguiu levantar R$ 10 milhões”.

Na confissão, Silval explica que além de pagar Piran, também repassou valores desviados dos cofres públicos para o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, o procurador aposentado Chico Lima e o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto. Conforme Silval, eles “receberam propina para colaborar com o sucesso da empreitada criminosa”.

Silval também confirma a tese do Ministério Público e diz que os ex-secretários estaduais Arnaldo Alves de Souza Neto (Planejamento) e Marcel Souza de Cursi (Sefaz) concorreram para a prática do crime. Ele diz, no entanto, que não se recorda se recordando se esses dois efetivamente receberam parte da propina combinada.

“O total do desvio foi de R$ 31,7 milhões, sendo que o combinado com a empresa Santorini era o retorno da propina no montante da metade desse valor”, consta na decisão da juíza Selma Arruda. No decorrer das investigações e na denúncia, o Ministério Público detalhou que o esquema envolveu a desapropriação de uma área de 55 hectares localizada no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, e adquirida pelo Estado por R$ 31,8 milhões quando estava avaliada em R$ 17, 8 milhões.

As investigações apontam que a organização criminosa chefiada por Silval, agindo por intermédio do braço instalado no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), solicitou e recebeu propina no valor de R$ 15,8 milhões entre abril e novembro de 2014.

Em outro trecho da confissão o ex-governador também confessou a prática de concessão de incentivos fiscais via Prodeic empresas do grupo Tractor Parts mediante pagamento de propinas. O grupo pertence ao empresário João Batista Rosa, delator na 1ª fase da Operação Sodoma. Ele disse que pagou R$ 2,6 milhões em propina ao grupo criminoso chefiado por Silval Barbosa para manutenção dos benefícios fiscais que as empresas dele estavam usufruindo. Na confissão, Silval confirmou os detalhes que vinha negando há mais de 1 ano e meio. Disse que no ano de 2011 foi procurado por João Batista Rosa que acompanhado de Pedro Nadaf, à época Secretário da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia. O empresário queixou-se porque tinha um crédito tributário que não era reconhecido pela Sefaz.

 

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