Os advogados do governador Silval Barbosa (PMDB) vão recorrer à Justiça para tentar reaver os R$ 100 mil pagos com fiança, após ele ter sido detido por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. A tese da defesa é a de que a Polícia Federal não teria competência para prender o chefe do Executivo em flagrante.
A defesa alega que para que o governador, com as prerrogativas de chefe do Executivo, pudesse ser preso nas condições em que foi detido era necessária autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O governador acabou tendo que prestar esclarecimentos, no último dia 20, após os policiais federais, que cumpriam mandado de busca e apreensão no apartamento dele, terem encontrado uma pistola, regular, mas com a documentação vencida.
Na superintendência da PF, em Cuiabá, onde foi ouvido, os advogados conseguiram reduzir o valor da fiança, de R$ 300 mil para R$ 100 mil.
Silval é investigado pela PF após a deflagração da operação Ararath, que investiga crimes financeiros. Ele teria obtido do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, empréstimos diversos, operados pelo ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, que segue preso.