Reconhecendo que existe um certo desgaste, o governador Silval Barbosa não recuou na sua defesa da CPMF, mostrando que sem um novo aporte de recursos, país, Estados e nem os municípios tem como enfrentar os altos custos da saúde pública e solucionar os graves problemas que afligem a população.
“Não sei dizer se o ideal seria a volta da CPMF, acho que o melhor seria um fundo, mas é preciso conscientizar todos de que sem dinheiro novo as contas da saúde não fecham, ou se fecharem serão sempre deficitárias. Minha preocupação é acabar com as filas, dar um atendimento digno e resgatar a saúde da população que precisa do Estado para lhe socorrer. Agora se isto se dará através da CPMF, da reforma tributária ou da criação de um fundo eu não sei e não posso dizer, até porque isto é de competência da União e um grave problema que a presidente eleita Dilma Rousseff terá que enfrentar logo no início de seu governo”, ponderou o governador do Estado.
Silval Barbosa lembrou que os municípios estão procurando recursos neste final de ano para fecharem suas contas e evitarem problemas futuros e isto acaba se refletindo nos serviços que são prestados a população. “A arrecadação de todas as cidades do Brasil caiu mais de R$ 2 bilhões em relação a 2008 e esses são recursos difíceis de serem repostos e mais difícil ainda é os municípios terem onde buscar essa diferença”, disse o executivo.
Ele lembrou que em Mato Grosso a arrecadação tem sido crescente e a única dificuldade está justamente nos repasses federais, mas que tem feito a contrapartida e ajudado aos municípios em tudo que está ao seu alcance, mas infelizmente não se tem recursos para amenizar a situação, disse o governador.
O governador disse acreditar na possibilidade do presidente Lula tentar amenizar a situação dos municípios, mas reconheceu que as dificuldades são grandes por se tratar de um final de gestão onde as exigências da LRF são mais rigorosas e exigentes.