O reinterrogatório do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) na ação penal relativa a 1ª fase da operação Sodoma não vai mais ocorrer. O novo depoimento estava programado para ocorrer, esta manhã, na 7ª Vara Criminal de Cuiabá na qual está lotada a juíza Selma Arruda.
Conforme o advogado Ulisses Rabaneda, o novo interrogatório seria feito em razão do depoimento do ex-secretário de Estado da Casa Civil, Pedro Nadaf, que atribuiu ao ex-governador a responsabilidade de chefiar uma organização criminosa.
Porém, os depoimentos do ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, e do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio César Corrêa de Araújo foram suficientes para esclarecer os pontos questionados pelo peemedebista. "Por isso, entendemos que não é mais necessário. O processo agora retoma a fase de novas diligências e depois avança para alegações finais".
Neste processo criminal, o ex-governador Silval Barbosa é acusado de cobrar propina para conceder incentivos fiscais a empresas privadas.
Ainda são réus na ação penal que é desdobramento da primeira fase da Operação Sodoma crimes o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio Cézar Corrêa de Araújo, o procurador do Estado aposentado, Francisco Andrade de Lima Filho, o Chico Lima, e a ex-funcionária da Fecomércio (Federação do Comércio), Karla Cecília de Oliveira Cintra.
Todos respondem pelos crimes de concussão (praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida), extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.