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Serys diz que PT de Mato Grosso não é de “aloprados”

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Serys Slhessarenko, senadora pelo PTDecisão do PT dá certa vantagem a senadora Serys, especialmente pela proximidade dela com a ministra Dilma Rousseff, pré-candidato a presidente da República. Na reunião, o Diretório Nacional deixou claro que candidatos ao Senado pelo PT só com o aval da ministra. Quando esteve em Cuiabá, Dilma evitou, estrategicamente, tomar partido publicamente de Serys ou Abicalil

A decisão do Diretório Nacional do Partidos Trabalhadores de evitar o uso de prévias para as disputas internas por cargos majoritários agradou a senadora Serys Slhessarenko. Segundo ela, o PT de Mato Grosso não pertence aos “aloprados” – grupo interno do partido que atuou em negócios ilegais. Os integrantes desse grupo seriam próximos do deputado federal Carlos Abicalil, presidente do Diretório Regional, controlador da sigla no Estado, que manifestou disposição de disputar a indicação do PT para a vaga ao Senado dentro da aliança PMDB-PR. “Acredito na minha candidatura e vou até o fim” – disse.

A sugestão da senadora sobre os “aloprados” é uma resposta tática a troca de acusações que ela e o deputado vêm travando desde o comunicado feito por Abicalil de desejar o cargo. Ao analisar o conteúdo de uma carta em que a senadora encaminhou à militância petista, Abicalil chegou a sugerir que a candidatura ao Governo dela em 2006 era prejudicial ao presidente Lula. Serys, no entanto, acha que a reeleção de Lula sofreu desgaste, na verdade, com os “aloprados”.

O processo envolvendo os “aloprados” do PT tramita em Mato Grosso. Entre os envolvidos estão Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante, flagrado com uma bolsa, entrando no Hotel Ibis, onde estavam hospedados Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos em 2006 com mais de R$ 1,7 milhão – dinheiro que, segundo a PF, seria usado para pagar um dossiê contra políticos tucanos. Segundo a PF, ele carregava na bolsa o dinheiro que seria usado para a compra dos documentos de Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, beneficiada com venda irregular de ambulâncias.

A decisão contra as prévias foi aprovada para evitar de se mostrar uma divisão no partido e prejudicar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a presidente. As prévias são previstas pelo estatuto do partido e o diretório nacional não pode proibi-las, mas o fato de terem sido consideradas “inoportunas” praticamente desautoriza os Estados a fazê-las.

Isso não significa, contudo, que a disputa nos Estados será resolvida já. Não há consenso para a candidatura ao Senado em pelo menos três diretórios petistas. No Rio, a ex-governadora e atual secretária estadual de Assistência Social, Benedita da Silva, e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, disputam a indicação. Benedita tem o apoio do presidente do diretório, Luiz Sérgio.

No Mato Grosso, a briga está entre senadora Serys Slhessarenko e do presidente estadual do PT, deputado federal Carlos Abicalil. Em Pernambuco, o embate ocorre entre o ex-ministro da Saúde Humberto Costa e o ex-prefeito de Recife, João Paulo.

A expectativa é que, definida a questão das prévias, os membros diretórios onde há disputa se reúnam já nos próximos dias para definir os rumos sucessórios. No Rio, o diretório se reúne na segunda-feira. No Mato Grosso, isso deve ocorrerá ainda neste fim de semana.

 

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