A ex-senadora Serys Slhessarenko (PT) reagiu com fortes críticas a tentativa de lhe expulsar do partido. “Não há o menor interesse em pacificar e reconstruir, só de oprimir, sufocar e guerrear”, destacou em uma de suas mensagens postadas em sua página pessoal. A reação foi sobre a decisão da executiva petista, ontem à noite, de acatar pedido para lhe expulsar sob acusação de infidelidade partidária – de não ter apoiado Carlos Abicalil ao Senado. Conforme Só Notícias já informou, o caso ainda será decidido pela comissão de ética. Abicalil e Saguas Moraes comandam o diretório estadual.
A petista ressaltou que “há 23 anos tentam me tirar da vida pública”. Ela chegou a lembrar que foi acusada até de assassinato, se referindo ao caso de ter sido mencionada como possível mandante da tentativa de homicídio contra o suplente de vereador de Cuiabá, Sivaldo Dias Campos, em 2000. O ex-suplente era membro do partido e havia feito várias denúncias que atingiam altos membros da legenda. Ele teve a casa invadida e levou dois tiros, que deixou um lado do corpo paralisado. “Vocês não imaginam o susto ao acordar pela manhã e ver nos jornais: Serys mandante de assassinato. Depois dessa, tudo é fichinha. Não gosto nem de lembrar, só estou falando para elucidar o nível das artimanhas contra mim”, afirmou.
Além do pedido de expulsão da ex-senadora, do vereador Lúdio Cabral e a ex-deputada Verinha Araujo. Dos 14 petistas com direito a voto, oito votaram para aceitar a representação e cinco votaram para não puni-la e um se absteve. Em dez dias, Serys e os demais petistas devem ser notificados.
A acusação formalizada contra Serys, pelo professor Julio Viana, presidente da CUT no Estado, é que não cumpriu determinação do partido em apoiar Carlos Abicalil para senador. Serys não conseguiu ser candidata à reeleição para o Senado depois de ter perdido as prévias para o ex-deputado Carlos Abicalil, a quem fez duros ataques. A ex-senadora não lhe apoiou na campanha.