O anúncio do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de cortar os reajustes salariais do funcionalismo enquanto o governo não conseguir equilibrar o Orçamento de 2008 mobilizou os servidores públicos. A medida é uma maneira de compensar parte das perdas com o fim a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Os servidores do Executivo começaram a se mobilizar para evitar que fiquem mais um ano sem o reajuste. Segundo o diretor executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, o anúncio foi uma “surpresa desagradável”.
De acordo com o diretor executivo, a confederação vai esperar a posição oficial do governo até o dia 23 de janeiro, para depois tomar as medidas cabíveis. “Esperamos que o governo não faça o corte. Dependendo da posição deles, a greve é inevitável.”
Sérgio Ronaldo da Silva disse que cerca de 810 mil servidores do Executivo podem entrar em greve depois do carnaval. O diretor ainda disse que o corte é estranho.