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Servidor aponta erros técnicos que ocorrem no MPE em depoimento na CPI

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A CPI que investiga possíveis irregularidades na negociação de cartas de crédito envolvendo membros do Ministério Público Estadual (MPE) realizou oitiva com Douglas Renato Ferreira Graciani, analista de sistema do Ministério Público de Mato Grosso, ontem. Ele denunciou erros sistêmicos e operacionais no sistema de gestão de pessoas do Ministério Público Estadual. Para Douglas, “mesmo com todos os problemas que o sistema possa apresentar, nada justifica que os documentos referentes às férias fossem escritos a mão e a lápis, e não tenham sido informatizados”.

Para o deputado José Carlos do Pátio (SD), a oitiva trouxe informações muito relevantes para as investigações. “Estamos buscando entender como foram feitas os pagamentos das férias dos membros do MPE, quais os critérios que foram utilizados para os períodos indenizados e como foram calculados os valores que deram origem as cartas de créditos. Já ouvimos servidores do departamento de Recursos Humanos que fizeram os cálculos dos benefícios e os mesmos alegaram não haver erros. Mas com o depoimento dessa quinta-feira ficou ainda mais evidente a necessidade de uma auditoria in loco para buscar documentos e informações, para que possamos confrontar com tudo que já ouvimos aqui”.

“O Douglas levantou pontos importantes, como a questão do controle interno, comprovando com documentações que existiam falhas nos sistemas de gestão de pessoas e alguns que se tornam uma condicionante para que possamos ampliar o objeto da CPI, o que vamos discutir nas próximas reuniões com os demais membros da comissão”, afirmou Max Russi, presidente da comissão.

A CPI do MPE foi criada para investigar as suspeitas sobre as irregularidades na negociação das cartas de crédito que vieram à tona durante a 5ª etapa da Operação Ararath, deflagrada em maio de 2014. À ocasião, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, onde foram encontrados documentos e planilhas detalhando pagamento de precatórios a promotores e procuradores de Justiça. Segundo informações contidas nos documentos, 45 promotores teriam sido beneficiados com um valor total superior a R$ 10,3 milhões.

 A comissão, presidida pelo deputado Max Russi e composta pelos deputados Dr. Leonardo Albuquerque (PSD), relator; Wilson Santos (PSDB), Oscar Bezerra (PSB) e Gilmar Fabris (PSD), membros titulares; Sebastião Rezende (PSC), José Carlos do Pátio (SD)  e Mauro Savi (PSB), membros suplentes, teve seus trabalhos prorrogados por mais 180 dias a partir deste mês deverá encerra seus trabalhos em novembro.

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