Os senadores do PSDB negaram hoje, que os governadores da legenda estejam fazendo pressão para que aprovem a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Não houve nenhuma pressão de governadores a nenhum de nós. Se alguém pedisse, era um pedido para nós nos desmoralizarmos. Esse é um acordo que não faço”, afirmou o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM).
O senador Álvaro Dias (PR) disse que a defesa dos governadores pela aprovação do imposto é uma estratégia. “Os governadores defendem uma posição estratégica de quem necessita de um bom relacionamento com o governo federal. É um assunto que para os governadores é delicado. O que nós podemos afirmar é que os governadores do nosso partido não nós pressionaram. Eles aceitam a posição que nossa bancada adotou em relação à CPMF”, disse.
O novo presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), lembrou que a bancada no Senado conversou com os governadores da legenda há três meses sobre o assunto e que eles reconheceram que essa é uma posição que diz respeito apenas aos senadores.
“Os governadores tem a opinião deles. Nós respeitamos, somos democráticos. Há três meses conversamos com eles e eles disseram que a questão é da bancada federal”, disse.
O governador de São Paulo, José Serra, disse que a divergência de opiniões em relação ao imposto do cheque não prejudica o partido, e que opiniões diferentes existem até na Igreja. “Igualdade de posição, nem na Igreja. A bancada é quem vai dar a palavra final”, afirmou.