O senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) utilizou a tribuna do Senado Federal nesta segunda-feira (23.05) para defender o governador Blairo Maggi e o Estado de Mato Grosso, contestando a notícia que o aponta como um dos principais responsáveis pelo desmatamento da floresta Amazônica, publicada em uma revista inglesa e repercutida em outros veículos de comunicação. Pinheiro recebeu o apoio dos colegas senadores José Agripino (PFL-RN) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O senador Jonas Pinheiro lembrou que a família Maggi possui 150 mil hectares plantados, todos em área de cerrado e com autorização ambiental. Além disso, há 10 anos não faz abertura de áreas para o cultivo de grãos.
“A notícia dos veículos de comunicação ingleses é exagerada, sem sentido e sem valor. Maggi e Mato Grosso não podem ser culpados de prejudicar a floresta. Maggi não é o vilão e sim um herói pelo trabalho que vem fazendo à frente do Estado e pelo que faz como empresário há muito tempo. A família é trabalhadora e produz para o país”, defendeu Pinheiro.
O senador citou no seu discurso a Nota de Esclarecimento divulgada na Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom-MT) com informações consistentes sobre o combate ao desmatamento que o Governo de Mato Grosso vem fazendo.
A nota mostra que o percentual de desmatamento em Mato Grosso foi 2% menor em 2004 comparado ao registrado em 2003, enquanto que na Amazônia Legal, que inclui outros Estados, registrou um crescimento de 6%. “Portanto, Mato Grosso e o seu governador Blairo Maggi não têm nada haver com isso”, disse.
O senador Antônio Carlos Magalhães afirmou que Maggi jamais seria eleito como foi se não tivesse credibilidade e idoneidade. “Não temos dúvidas da pessoa do governador”, interveio.
José Agripino destacou que Maggi é um exemplo de brasileiro a ser seguido: emprega, produz e contribui com o crescimento do país. “Maggi é um grande brasileiro, emprega muitos trabalhadores, exporta para o mundo e gera divisas para o País. Ao invés de vilão, ele é um exemplo de brasileiro”, destacou o senador.
CÓDIGO FLORESTAL – Jonas Pinheiro aproveitou para cobrar celeridade na aprovação do projeto de Lei a respeito do novo Código Florestal, parado no Congresso desde julho de 1996. No momento, a Medida Provisória 2166, que tem força de lei, regula o desmate no país. Entretanto, a MP é polêmica, pois utiliza apenas resoluções do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) para regulamentar as ações de desmatamento no país, sem considerar a produção, nem o que já foi produzido.
A MP permite o desmatamento de 20% de área de floresta. Ocorre que o Código Florestal autorizava o desmate de 50%, e muitos produtores, antes de a MP entrar em vigor, já tinha utilizado o percentual permitido pelo código.
“A MP2166 é irreal e impossível de ser implementada pelo setor produtivo rural. Conheço caso de agricultores que estão desmatando para ter o direito garantido no futuro”, observou Pinheiro.