Os três senadores mato-grossenses comemoraram a eleição de Davi Alcolumbre para presidente do Senado, no sábado à tarde, após tensa sessão onde o veterano Renan Calheiros (MDB-AL) acabou retirando sua candidatura após duros embates com oposicionistas a sua candidatura e, ao que tudo indica, prevendo a derrota. Alcolumbre venceu com 42 votos, no primeiro turno.
“Nós tiramos a presidência das mãos do MDB, que há mais dele 24 anos ocupava aquela cadeira e a hegemonia deste poder”, frisou Selma Arruda (PSL), enaltecendo que Alcolumbre, de 41 anos, “ Vai saber muito bem encaminhar as necessidades dessa Casa”.
Selma foi designada pelo partido para acompanhar a contagem dos votos dos senadores e opinou por anular 2 votos que eram questionados. Ela se pronunciou expondo, aos colegas, sua experiência de juíza eleitoral e ponderou que a maioria dos senadores que acompanhava o escrutíneo decidiu por nova votação. Na segunda, ficou sacramentada a vitória de Davi Alcolumbre.
O senador Jayme Campos (DEM), que também fez parte do grupo de senadores que acompanhou a contagem dos votos, disse que a eleição de Alcolumbre representa o resgate da credibilidade do Senado. “É um jovem aguerrido que desempenhará muito bem suas funções e que tornará essa Casa ainda mais independente”. Ele lembrou que o DEM está mais forte com a eleição de Rodrigo Maria (RJ) para presidência da Câmara dos Deputados.
O mato-grossense Wellington Fagundes (PR-MT) disse que o presidente eleito “demonstrou impressionante capacidade de articulação, de entender o momento novo da política brasileira, da importância dos resgates a serem feitos pelo Senado, tanto no aspecto da autonomia e independência como na preservação dos valores inerentes a atividade. Tudo isso articulado com o interesse maior da sociedade”. Segundo o senador, qualquer conclusão diferente da demonstração de capacidade de articulação e diálogo do senador Davi Alcolumbre pode ser analise precipitada. “Um rapaz humilde, jovem e com muita disposição”, disse.
Wellington Fagundes ressaltou que estão no Congresso Nacional projetos de grande relevância para Mato Grosso como o que trata da ‘guerra fiscal’, condição que deteriorou o caixa dos estados e também a regulação dos dispositivos da Lei Kandir, cuja compensação é aquém do que o Estado exporta. “Temos muitos caminhos a trilhar. Com Davi presidente do Senado esperamos conseguir avançar em muitas pautas importantes, continuar debatendo com a sociedade a importância do agronegócio e do nosso desenvolvimento logístico, que geram as condições para o nosso país gerar as oportunidades para todos” – disse.