Mesmo com o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso por Caixa 2 na campanha de 2018, a senadora Selma Arruda (PSL) teve seu nome apresentado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para presidir a Comissão de Ética da Casa. A indicação da mato-grossense foi apresentada pelo líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Senado, Major Olímpio (PSL-SP).
Uma das principais funções da Comissão de Ética é receber representações contra parlamentares, examiná-las e aplicar sanções, que, nos casos mais extremos podem resultar até na cassação de mandato de senadores.
Selma Arruda é ex-juíza e se elegeu senadora nas eleições passadas com o mote de combate à corrupção, mas logo no início do ano teve o mandato cassado pelo TRE pelo crime de Caixa 2 e abuso de poder econômico. Segundo a justiça eleitoral de Mato Grosso, ela fez campanha eleitoral extemporânea e pagou com dinheiro não contabilizado.
A senadora nega todas as acusações e recorre da decisão com embargos no TRE, que ainda não foram julgados.
Nas redes sociais, a ex-magistrada continua com o discurso forte de combate a corrupção. Recentemente declarou apoio ao também ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, no caso Vaza Jato, e criticou o projeto aprovado no Senado que permite punição ao abuso de autoridade.