A senadora eleita Selma Arruda (PSL) rechaçou ontem uma aproximação do partido com o ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), que chegou a ser cogitado para assumir um cargo no futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). No fim de novembro, conforme Só Notícias informou, o próprio Fávaro negou a possibilidade, mas disse que o PSD deve ser apoiador do próximo governante.
O assunto voltou a ser discutido num bate-papo ao vivo que Selma fez com seus eleitores numa rede social ao ser perguntada se havia, de fato, o convite para Fávaro e se ele assumiria algum cargo. “Se depender de mim, tenha certeza que não, porque a gente não quer pessoas que vão contra Bolsonaro, que vão contra a senadora do Bolsonaro, que vão contra as ideias de Bolsonaro infiltradas no governo de Bolsonaro. Pode ter certeza disso”, respondeu rapidamente Selma Arruda.
Fávaro disputou uma vaga ao Senado e ficou em terceiro lugar. Durante a campanha, os dois não tiveram problemas públicos, diferente do que aconteceu entre Selma e o seu companheiro de chapa, o deputado Nilson Leitão (PSDB), que também não se elegeu.
O problema entre Fávaro e Selma começou depois da eleição, quando ele moveu processos para tentar impedir a diplomação da ex-juíza alegando irregularidades em sua aposentadoria e também por abuso de poder econômico e utilização de Caixa 2, com base no processo de cobrança feito pelo ex-marqueteiro da senadora eleita, Júnior Brasa, que faz uma cobrança judicial por quebra de contrato.
Além de sair vitoriosa no pleito, com a maior votação para o Senado, Selma começa a ocupar espaços pretendidos pelos adversários. Ela, que venceu com o mote de combate à corrupção, já se filiou à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e se posicionou contra a taxação do agronegócio em Mato Grosso.
