Depois de se reunir, por dois dias, com representantes do grupo de caminhoneiros que paralisaram as rodovias federais que cortam o Estado, o senador Blairo Maggi (PR) deve apresentar, nesta semana, uma proposta de realização de audiência pública no Senado para discutir a pauta de reivindicações da categoria.
Apesar de afirmar que cerca de 95% dos pleitos já foram atendidos pelo governo federal, como a sanção da lei dos caminhoneiros e a prorrogação de financiamento para aquisição de veículos por pequenos empresários, o parlamentar avalia que os pedidos dos manifestantes são justos.
Para ele, o principal ponto de embate é acerca da demanda pelo preço do frete. Ele é enfático ao citar que a proposta de criação de uma tabela não acontecerá. “O que o caminhoneiro tem que fazer é não aceitar preço baixo, e se daqui algum tempo o preço retroceder de novo, é parar novamente até que o valor volte a subir”, defendeu.
Na manhã de ontem (28), ele se reuniu com um grupo de caminhoneiros em Rondonópolis para traçar as diretrizes da proposta que será apresentada no Senado. Na tribuna, na semana passada, o senador alertou que, manifestações como essas são capazes de derrubar governos.
De acordo com ele, as medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) no início de seu segundo mandato, que culminaram no aumento de combustíveis, da tarifa de energia, entre outras, já atingiram o bolso do cidadão, agora, a falta de abastecimento, pode atingir o estômago e gerar uma situação insustentável.