O desembarque do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) fez aumentar os rumores sobre a possibilidade de o senador Wellington Fagundes (PR), aliado de primeira hora do governo, assumir um dos ministérios da gestão da petista. A medida seria uma forma de tentar fazer com que o Partido da República adote o mesmo rumo do aliado de mais de 13 anos em meio a um processo de impeachment contra a presidente. Atualmente, a sigla conta com o Ministério dos Transportes e em 2014, ao final da primeira gestão da petista, o nome de Fagundes foi cogitado para ocupar a pasta.
Logo após chegar em Brasília, nesta segunda-feira (4), o republicano comentou o assunto. Ele negou que tenha havido qualquer conversa neste sentido. “Não se falou sobre esta possibilidade até o momento e, por enquanto, não há nada agendado para se tratar da reforma ministerial”, explicou. Segundo ele, mesmo com o desembarque do PMDB ocorrido no início da última semana, ele não foi procurado por nenhum emissário do governo da petista com qualquer proposta neste sentido. O nome de Fagundes
tem sido lembrado por conta da experiência acumulada pelo republicano ao longo de seis mandatos como deputado federal, com uma atuação marcada fortemente por ações voltadas para a infraestrutura. Além disso, a lealdade do republicano é algo classificado como positivo pela União, que vê no senador um aliado em todos os momentos de crise, que teve seu ápice com a prisão do ex-líder do governo, senador Delcídio do Amaral (sem partido).
YANAI – Para contemplar o aliado e ao mesmo tempo garantir um voto contrário ao impeachment no Senado, que terá o papel, em caso de aprovação na Câmara dos Deputados, de afastar Dilma por 180 dias, a União terá que convencer o primeiro suplente de Fagundes, Jorge Yanai, presidente do PMDB de Sinop.