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Senador mato-grossense diz em Sinop que PGR pode ter cometido crime na negociação de leniência da JBS

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O senador e vice-líder do Governo, José Medeiros (PSD) criticou duramente o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pela excessiva tolerância no acordo de delação premiada ao proprietário da JBS, Joesley Batista, que conseguiu garantia de liberdade ao delatar o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-assessor especial flagrado com uma mala de dinheiro, Rodrigo Rocha Loures, senador Aécio Neves (PSDB), os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff (ambos do PT) entre outros políticos. 

“Essa bandalheira do Joesley [Batista] deu impacto direto arroba do boi gordo aos produtores. Nós estamos tocando a vida e cobrando responsabilidades. Quem quer ser o quarto poder tem que se comportar como tal. É bonito quando o Ministério Público faz o trabalho corretamente quando precisa. Nós apoiamos a Operação Lava Jato, mas o povo não apoia traquinagem. Quando se vê um criminoso saindo do país e rindo de todo mundo é revoltante. O Joesley não teve nada. Ganhou permissão de morar na quinta avenida no Estado Unidos”, declarou. As criticas foram feitas por Medeiros durante uma visita ao munícipio. Ele e o senador Magno Malta (PR) participaram de uma audiência pública sobre isenção tributárias para igrejas, no último sábado.

De acordo com o parlamentar, o fatiamento da denúncia gerou um ‘sangramento’ maior a crise política do país. “Pegaram uma denúncia, que era para ser apenas uma, dividem em três só para o país ficar ‘sangrando’. Nós precisamos é andar e 2018 está muito próximo. O Ministério Público tem muita gente séria, mas o senhor Rodrigo Janot [Procurador-Geral da República] precisa se comportar como pessoa responsável pelo país. Nós estamos investigando se não cometeu um crime”, acrescentou.

Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Federal entregou o resultado da perícia nas gravações de Joesley Batista, sócio da JBS ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PRG) constatado que não houve cortes ou edição  na conversa entre ele e o presidente Michel Temer (PMDB). Após isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentarem, denúncia contra Temer  e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo crime de corrupção passiva.

A denúncia foi apresentada no dia 26 do mês passado. Agora, irá para análise dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e só após a emissão de um parecer do colegiado é que será votada no plenário da Câmara. O STF só abrirá inquérito contra o presidente Temer para investigar a denúncia de corrupção passiva caso 2/3 dos deputados da Câmara votem a favor da investigação.

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