O senador Wellington Fagundes (PR) defendeu uma rápida apreciação do processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele sugeriu que a Câmara dos Deputados cumpra o rito, sem retardar as sessões ou utilizar de outras manobras, uma vez que a definição desse tema é de alto interesse do país. “Além de discutir o processo de impeachment, penso que nós temos que discutir também o futuro desta Nação”.
Em aparte ao pronunciamento de um dos líderes da oposição, senador Ronaldo Caiado (DEM/GO), Wellington disse ser “importante que o Brasil seja passado a limpo” e discordou que o processo de impeachment seja analisado apenas do ponto de vista das denúncias colocadas pelos autores do pedido. “Na verdade as ruas têm que ser ouvidas. Nós não podemos deixar de ouvir o sentimento da população”.
O republicano enfatizou que o impeachment faz parte do processo democrático e com previsão constitucional. “Portanto, propor e analisar o impeachment é um dever do Congresso Nacional”. Wellington observou ainda que o PR faz parte da base do Governo, mas que não deixará de ouvir a população. “Tirarei as minhas conclusões e votarei, se chegar aqui no Senado, com muito equilíbrio. Agora, é claro que não me curvarei àqueles que, de forma radical, entendem que eu tenha que tomar uma postura isolada, sem ouvir o partido, ou sem consciência daquele que é o meu papel, para o qual fui eleito legitimamente”.
A votação na Câmara dos Deputados deve acontecer entre os dias 11 e 15 de abril.