O senador major Olímpio, líder do PSL no Senado, defendeu a senadora Selma Arruda e disse que pediu para que permanecesse no partido. Selma confirmou desfiliação e entra no Podemos nesta quarta-feira. Um dos motivos que ela alegou foi a pressão do senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente, para que retirasse assinatura da CPI da Lava Toga, para investir membros do Poder Judiciário. “Nós que representamos a bandeira anticorrupção do presidente. Eu tentei convencê-la a ficar e resistir conosco”, disse o senador paulista, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Olímpio foi além: defendeu que Flavio saia do PSL. “Quem tem que cair fora do PSL é o Flávio, não ela (Selma Arruda). Gostaria que ele saísse hoje mesmo acrescentando que sua permanência causa “muita vergonha a nós”. Ele descartou acionar Flavio no conselho de ética.
Major Olímpio disse também que pensou em sair do PSL mas resolveu ficar para “resistir” as pressões feitas a senadores do PSL diante de seu posicionamentos em votações no Senado.
A senadora Selma confirmou, também ao Estadão, que o senador Flavio Bolsonaro a pressionou para retirar a assinatura da CPI que deve ser criada para investigar membros do judiciário. Ela disse que não foi uma conversa amigável e que preferia não entrar em detalhes.
A mato-grossense também fez criticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro dizendo que não é sua seguidora até embaixo d’água, e que diverge do presidente em vários temas como casamento homossexual. Ela também expôs que em uma audiência no Palácio do Planalto, no início do mandato, e perguntou sobre orientação quanto ao apoio ao governo. Selma disse que Bolsonaro respondeu que deveria votar de acordo com sua orientação e consciência. A senadora então criticou o presidente. “Sabe um trem perdido ? é desse jeito. E além disso essa atuação por baixo dos panos para minar a CPI da Lava Toga”.