O senador Jayme Campos aproveitou a última sessão antes do recesso de fim de ano do Congresso Nacional, quinta-feira à noite, para defender a criação de uma fundação, mantida pelo governo federal, para reunir um acervo e financiar programas que contribuam para o desenvolvimento sustentado do Pantanal.
Ele pediu a formulação de um código que auxilie na preservação dos mananciais da região e alertou que qualquer ação neste sentido deve envolver o Brasil e os países vizinhos, Paraguai e Bolívia, que também possuem vasta extensão de áreas úmidas banhadas por afluentes da bacia do Alto Paraguai, lá chamadas de ‘chacos’.
O senador mato-grossense reconhece a necessidade da exploração econômica do território, mas considera o desmatamento das matas ciliares, o assoreamento dos rios e o depósito de esgoto nos tributários do Pantanal, riscos permanentes para sua sobrevivência:
“A exploração econômica destas reservas não pode ser demonizada; ela deve sim, ter um foco na conservação do meio-ambiente e da cultura da população que vive no entorno da bacia hidrográfica do Alto Paraguai”
, disse.
Mais adiante, Jayme ainda afirmou que “a mão do homem tem que ser serena e quase invisível para extrair deste paraíso dividendos econômicos e sociais sem causar danos ao ecossistema”. O senador vê na pecuária e no turismo duas atividades que se integram bem à geografia pantaneira.
Ao concluir, Jayme Campos lembrou que uma eleição em escala global articulada por uma ong suíça, via internet, está escolhendo as ‘sete maravilhas naturais do planeta’ e o Pantanal Mato-grossense é uma das concorrentes. Mas preferiu pedir ajuda para conservar o bioma, mais do que votos:
“Se o Estado brasileiro, consorciado com a Bolívia e o Paraguai, não preparar um ambicioso projeto de conservação desta região, certamente a deixará vulnerável aos exploradores inescrupulosos. É necessário investimentos, dinheiro bom, para combater o dinheiro ruim que vem do tráfico de drogas, do desmatamento ilegal e do contrabando de animais”, finalizou.