O Democrata começa a reavaliar a possibilidade do senador Jayme Campos, disputar as eleições municipais em Várzea Grande, reduto político mais importante para sigla e que já foi governada por três vezes pelo senador que também já foi governador do Estado.
Uma nova rodada de pesquisas nacionais quantitativas foram contratadas para que ainda no mês de junho o Democrata decida-se em Várzea Grande ou pelo nome do senador ou pelo nome da ex-primeira dama, Lucimar Sacre de Campos, que tem aparecido com frequência em pesquisas divulgadas por órgãos de comunicação.
A indefinição de qual dos dois nomes irá disputar as eleições, no entanto, não tem impedido o senador de arregimentar contatos políticos com possíveis aliados, amarrando os entendimentos partidários nos dois principais municípios de Mato Grosso, ou seja, em Cuiabá e em Várzea Grande.
Um dos exemplos é quanto ao PSDB do deputado Guilherme Maluf que reforçado pela desistência do prefeito Chico Galindo (PTB) de concorrer a reeleição, foi a Brasília em busca do respaldo democrata na disputa na capital. Mas o DEM e Jayme Campos são assediados ainda pelo PMDB que já sinalizou interesse em ter a sigla e o ex-prefeito Roberto França no palanque do empresário Dorileo Leal, unidade que seria facilmente construída se não fosse a candidatura do peemedebista Wallace Guimarães para a Prefeitura de Várzea Grande, ou seja, como justificar o apoio ao PMDB em Cuiabá e as criticas do mesmo partido na cidade vizinha.
Certo mesmo é que os grandes partidos tendenciosamente deverão tentar amarrar as eleições municipais nos municípios polos para que haja um equilíbrio nas disputas pelo poder político, pois os resultados das eleições deste ano influenciarão diretamente nas disputas de 2014, quando estará em jogo a sucessão do senador Jayme Campos (DEM) e do governador Silval Barbosa (PMDB) que tem a batuta do maestro e terá que reger os componentes desta grande orquestra para que não hajam instrumentos desafinados e em descompasso com a música.
Nas conversas mantidas ontem em Brasília, Jayme Campos disse ao deputado Guilherme Maluf que a sucessão em Cuiabá passa pelas mãos do ex-prefeito, Roberto França que é visto como um nome forte na disputa, mas que evitar falar em concorrer novamente para a Prefeitura de Cuiabá enquanto não estiverem colocados todos os possíveis nomes que deverão se enfrentar em outubro próximo, podendo ser em um ou dois turnos.
Aliás, o democrata Roberto França foi o último prefeito da capital do Estado que venceu duas eleições consecutivas em apenas um turno (1996/2000). Depois dele, Wilson Santos teve que enfrentar dois turnos contra Alexandre César (PT) em 2004 e Mauro Mendes (PSB) em 2008.