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Senador e deputado de MT que receberam doações da JBS fazem parte da CPI que investigará a empresa

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O senador Wellington Fagundes (PR) e o deputado federal Victório Galli (PSC), que receberam doações eleitorais da JBS, agora fazem parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará irregularidades cometidas em negociações feitas entre a holding J&F e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Wellington Fagundes recebeu cinco doações que totalizaram R$ 1,85 milhão sendo duas da marca Seara – uma de R$ 200 mil e outra de R$ 250 mil. Três doações chegaram por meio da JBS S/A, sendo duas de R$ 500 mil e uma de R$ 400 mil, todos em cheques, mediados pelo diretório nacional do Partido Republicano (PR).

O deputado federal Victório Galli recebeu doação de campanha de R$ 30 mil da JBS S/A, intermediadas pelo diretório estadual do partido. Fagundes e Galli são, respectivamente os políticos mato-grossenses que mais e menos receberam doações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, presos no domingo e hoje, respectivamente, pela Polícia Federal, por uso indevido de informações privilegiadas para fazer transações no mercado financeiro.

A CPMI também é composta por mais dois mato-grossenses o senador Cidinho Santos (PR), que compõe o bloco moderador juntamente com Wellington, ambos como titulares e o senador José Medeiros (Podemos) como suplente do bloco parlamentar democracia progressista. Victório Galli é titular na ala da Câmara dos Deputados.

De acordo com a delação premiada do executivo do grupo J&F Ricardo Saud, também preso por crimes financeiros, as doações a políticos eram propinas disfarçadas, uma forma encontrada pela empresa para obter apoio do Legislativo quando fosse necessário. Conforme informações da Câmara Federal, desde sua criação, já foram apresentados à CPMI mais de 130 requerimentos de audiências, como a convocação de Joesley e Wesley Batista e Ricardo Saud. Outros pedidos citam os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos PT), dos ex-ministros José Eduardo Cardozo e Guido Mantega, do ex-presidente da Câmara de Deputados Eduardo cunha (PMDB) e do ex-procurador da República Marcelo Miller.

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