Os senadores José Medeiros (PSD), Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e mais representantes de 40 movimentos protocolaram na Procuradoria Geral da República (PGR) representação contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro Jaques Wagner por prática de improbidade administrativa. A acusação é de que Dilma e Wagner estariam "loteando" cargos no governo federal para parlamentares e partidos políticos em troca de votos a favor da presidente, no processo de impeachment.
Para Medeiros, Dilma estaria transformando o governo num balcão de negócios. "Ao contrário de um processo normal de nomear pessoas ligadas a um partido político, ela faz de forma programada em busca da garantia de votos", comentou.
Já Ricardo Ferraço chamou de "ato inescrupuloso" as declarações do ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência. “O governo federal está indo à feira. Estão fazendo uma verdadeira xepa. É o fim de festa. O Brasil não merece essa prática inescrupulosa e delinquente”, destacou o capixaba.
Ao ser questionado se o vice-presidente da República Michel Temer seria a opção para o país sair da crise política e econômica, o senador de Mato Grosso falou apenas que a queda da petista seria um novo começo pra história do Brasil. "Sem a saída dela não há solução. Os estados estão quebrados, as prefeituras estão com dificuldades de pagarem folha. Os indicadores mostram isso. Não sou eu quem fala", argumentou.
O grupo quer também a abertura de inquérito civil administrativo a fim de apurar responsabilidades civis e políticas pela eventual prática de atos de improbidade administrativa pelos envolvidos.
Medeiros lembra que a presidente cometeu infrações contábeis que são as chamadas 'pedaladas fiscais'.