O senador Blairo Maggi (PR) rechaçou qualquer envolvimento em dívidas com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o “Júnior Mendonça”, delator da operação “Ararath”. Em depoimento prestado à Justiça, na última quinta-feira, Mendonça disse que o grupo político que comandou o Estado entre 2003 a 2014 (Blairo e Silval Barbosa) lhe deve R$ 6,9 milhões.
Mendonça disse em juízo que, um grupo de transportadores quitou cerca de R$ 16 milhões da campanha eleitoral de 2010, quando Maggi concorreu ao Senado e Silval ao governo do governo do Estado, ficando o restante, R$ 6,9 milhões para serem pagos pelo grupo político do atual senador, o que não aconteceu.
Maggi, por meio de nota de esclarecimento de sua assessoria, nega ter feito qualquer operação com Júnior Mendonça e de ter algum vínculo com o delator da Ararath, afirmando que todas as suas contas referentes a 2010 foram prestadas como manda a Lei e citadas as empresas doadoras de campanha, como foi feita a captação de recursos e que elas foram consideradas pela Justiça Eleitoral legais e por isso acabaram obtendo parecer favorável do Tribunal de Contas para sua aprovação.
Mendonça insistiu em suas declarações e argumentou que Maggi faz parte do seu “rol” de devedores, assim como Silval Barbosa e Eder Moraes Dias, ambos presos no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) acusados de supostamente terem participado ativamente da cobrança de propinas de empresários para conceder benefícios do Programa para o Desenvolvimento Econômico e Industrial (Prodeic).