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Senador de MT defende expulsão da Venezuela do Mercosul após hostilização

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O senador José Medeiros (PPS) defende a expulsão imediata da Venezuela do bloco comercial que reúne países da America Latina, o Mercosul, depois episódio de quita-feira (18). Ele e outros sete senadores brasileiros foram hostilizados por apoiadores do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante “missão oficial humanitária”, quando tentaram visitar presos políticos que são contrários a Maduro.

Para o parlamentar mato-grossense, o país tem um governo antidemocrático e vive um regime de exceção. “Fomos lá para verificar se a democracia corria risco e tivemos certeza disso antes mesmo de descer do avião”, afirma.

O que, na opinião de Medeiros, justifica a expulsão, uma vez o país vizinho não possui condições jurídicas para permanecer no grupo. Isso porque uma das cláusulas do Mercosul é justamente a que exige que os países signatários sejam democráticos.

A Venezuela ingressou no Mercado Comum do Sul em 2012. Além dele, fazem parte do bloco os países Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Medeiros justifica a missão oficial criticando o governo petista. Segundo ele, foi necessário que os senadores fizessem a viagem, apesar dos instrumentos e órgãos oficiais para relações diplimática, porque o Brasil atualmente é “conivente e cumplice desse regime pernicioso que começa a deteriorar a democracia na América Latina”.

O episódio dos senadores sitiados motivou fortes cobranças no Congresso Nacional. Na Câmara, uma moção de repúdio foi aprovada pelos deputados. No Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB) anunciou em Plenário, que vai cobrar uma reação altiva do governo quanto aos gestos de intolerância. "As democracias verdadeiras não admitem conviver com as manifestações incivilizadas e medievais. Elas precisam ser combatidas energicamente para que não se reproduzam", dizia a nota lida por Renan.

Na comitiva de senadores também estavam Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Sérgio Petecão (PSC-AC) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aécio Neves (PSDB). Uma nova comitiva de parlamentares foi criada, dessa vez composta por senadores da base aliada ao governo Dilma Rousseff (PT). Para Medeiros, no entato, o grupo é "chapa branca" e será bem recebido na Venezuela.

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